Decepcionou…
Àquele que cantaram aos quatro ventos que sem uma grande atração nacional a Festa do Pinhão não dava nada. Para quem afirmou e reafirmou que o pinhãoense não sai de casa para assistir pinhãoense. Para quem apostou que a 12ª Festa do Pinhão não daria nada, já que seria feita por pinhãoenses para pinhãoenses, teve uma enorme decepção. Ela foi sucesso e agradou tanto, que até São Pedro resolveu colaborar e mandou o sol vir prestigiá-la. Outro ponto que chamou a atenção, é que as pessoas não foram até ela só dar uma voltinha, elas foram e ficaram, visitaram as exposições, deram uma olhada no rodeio, no encontro de gaiteiro, no show de rock, nas atrações do palco alternativo e escolheram uma e ficaram. E isso também foi decepcionante para os que são da torcida do contra. Porque no sábado de manhã, o discurso já era não ir, as pessoas vão, mas dão uma voltinha e voltam. Mas se decepcionou mesmo quem falou: do que adianta um baile com nove conjuntos se nenhum é de fora, é de renome nacional. Pois o baile decepcionou e muito quem jogou no time dos pessimistas. Porque o baile lotou, ou melhor, superlotou. Sim, santo de casa quando é bom, faz milagre. Bem, mas qual foi a novidade, a grande atração? O que levou as pessoas a saírem de casa e irem até a festa e ficarem? Nada de especial, simplesmente o básico. Primeiro, que a festa passou a ser de muitos, ou seja, as pessoas foram de fato envolvidas e muito ouvidas. Segundo, definiu-se um tipo de festa, a idéia foi mostrar a cultura pinhãoense, seja em costumes, artes ou comida. A festa foi feita por quem queria que ela desse certo para todos, ela foi abraçada pelas entidades e a idéia era trabalhar e não aparecer. Fazer uma festa que o pinhãoense se sentisse em casa. Nela não houve estrelas brilhando ou querendo aparecer. Houve sim mutirão de voluntários querendo que tudo ficasse a contento, que as pessoas gostassem de estar na festa. E é preciso que se diga: eles conseguiram. Criou se um clima tão gostoso, que a palavra mais ouvida foi, aconchego. Os do contra de plantão, afirmam que só deu certo porque não choveu. Claro, o bom tempo ajudou e muito. Mas quem é freqüentador assíduo das festas do pinhão sabe que já teve muita festa com muito sol e pouca gente. A festa, em um único momento reunir doze mil pessoas? Claro que não. Mas o tempo todo, inclusive no sábado à tarde teve movimento. As pessoas estavam lá curtindo e saboreando a festa. Sim, as pessoas não só foram na 12ª Festa, como ficaram lá confraternizando, visitando os estandes do Pavilhão da ACIAP, tomando um bom chimarrão e proseando com os amigos, ou assistindo ao show de gaita ou cantando e dançando ao som dos músicos locais ou participando do Café Cultural, enfim, todas as tribos e pessoas encontraram um espaço e um motivo para ir, estar e ficar na Festa. Perfeita? Não, há muito que se melhorar. E vai de fato mostrar que veio com nova roupagem se bem breve houver uma prestação de contas e a comissão organizadora começar já a preparar a 13ª Festa do Pinhão, pois agora a tarefa é fazer o caseiro ficar com gostinho especial, pois de quero mais já foi conseguido.