É interessante observar que o termo “não praticante”, é usado para definir muitas áreas da vida de uma pessoa. Na esfera política existem aqueles que “não praticam” uma politica séria, livre de conchavos e escolhas corruptas. Existem cidadãos também que “não praticam” a boa cidadania, mas se consideram bons cidadãos, principalmente na hora de cobrar algo, praticar é outra coisa. A nossa geração fala mais do que faz e isso a curto e longo prazo traz muitas mazelas. O que me assusta é o cristianismo contemporâneo onde é grande o número dos cristãos “não praticantes”, e isso está presente em todas as igrejas. Fico pensando em como isso é trágico, porque, se não é praticante então não é cristão. Isso fica muito claro na forma como muitos vivem a vida, totalmente avessa aos padrões bíblicos, mas se consideram cristãos “não praticantes”, outros são turistas na arte de frequentar a igreja, mas se denominam cristãos. Outros até frequentam a igreja mas no seu dia a dia, não procuram observar os princípios aprendidos. Precisamos rever, se aquilo que afirmamos ser está ligado aquilo que verdadeiramente somos. Se você se denomina cristão, via de regra procura aplicar os princípios da verdade bíblica na sua família, no seu trabalho, na escola, no laser e outros. A Igreja hoje precisa sim ser contextualizada, contemporânea, mas não pode de forma alguma negociar princípios bíblicos. Muitos querem um evangelho que se adapte ao seu estilo de vida e não um evangelho que confronte o que está errado. Isso é bem característico do nosso contexto, onde até os princípios mais fundamentais estão sendo colocados no banco dos réus. O escritor Ambrose Bierce em seu livro, “o Dicionário do diabo” define muito bem o tipo de cristianismo que temos visto hoje: “O Cristão é alguém que segue os ensinamentos de Cristo, desde que não atrapalhem sua vida de pecado”. O problema é que muitos dividem sua vida entre secular e espiritual. Você não deixa de ser cristão, ou é ou não é. Precisamos urgentemente voltar a praticar o evangelho das Sagradas Escrituras, um evangelho que de fato muda as coisas, melhora sim a nossa vida, traz um novo ânimo a nossa família, traz sentido para as nossas vidas. O que torna as Escrituras tão longe da realidade é o ser cristão “não praticante”. Para que o “ser cristão” não se torne algo mecânico desprovido de vida, de mudanças, de alegria, é necessário voltar a ser “cristãos praticantes”. Não vá a igreja apenas por costume ou tradição, mas vá porque você compreende que Deus é que torna a vida cheia de vida e que dá direção, luz para a caminhada. Para o nosso próprio bem, vamos praticar!!!!
Rev Sandro Carvalho Rodrigues – um cristão praticante, que tem as suas falhas, mas em Cristo Jesus tem procurado melhorar e viver o que a Biblia ensina.
Os “não praticantes”
22/06/2016 - 01:01
Autor: Naor Coelho