O garoto, que não possui as mãos e nem os pés, se vira muito bem sozinho. Brinca, estuda e faz os deveres
O soldado da Polícia Militar, Mauro Antônio Aires de Souza, está em Pinhão há poucos meses e desempenha a função de instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).
Certa tarde, ao chegar a Escola Municipal Maristella Tussi para ministrar uma aula do programa conheceu Luiz Fernando, aluno do quarto ano, que estava sentado em uma cadeira de rodas e percebeu que ele não possuía as mãos e depois o aluno lhe contou que também não tem pés.
Luiz Fernando confessou ao policial que tinha o desejo de tirar uma fotografia próximo a viatura da PM. Diante de tal pedido, o soldado solicitou a autorização da mãe, Edeni Deller, e de seus superiores para realizar um dos sonhos do menino.
A manhã de segunda-feira, 13 de junho, foi muito especial para o soldado Mauro, que junto com o sargento Nilson Maurício de Ramos, entregou um porta retrato com várias fotografias dos dois em frente a viatura, conforme o desejo do garoto.
A mãe contou que devido ao uso de um medicamento prescrito por seu ginecologista durante a gravidez acabou afetando o desenvolvimento de seu filho e fazendo com que nascesse sem os pés e as mãos. “Desde que nasceu Luiz Fernando foi encaminhado para Curitiba para fazer acompanhamento. Hoje ele usa próteses para caminhar e se vira muito bem sozinho. Brinca, estuda, assiste televisão e faz os deveres de casa”.
A escrita do garoto impressiona muitas pessoas, pois junta seus punhos e consegue escrever e desenhar. “Quando o conheci perguntei como fazia para escrever e resolver as lições de casa e com a graça peculiar de uma criança me respondeu: ‘é assim, faço desta maneira, e junto os punhos’. Esta determinação do garoto me chamou a atenção, pois todos os dias nos deparamos com crianças que possuem todas as condições físicas e financeiras para poderem estudar, mas acabam deixado de lado ou indo para a escola por obrigação. Ano que vem ele será meu aluno no Proerd”, lembrou o soldado.
A determinação de Luiz Fernando é indiscutível, após receber o presente, agradeceu o soldado por realizar seu sonho e finalizou: “agora só falta eu crescer, vou estudar para ser advogado”.
FOTOS: Gisele de Pádua/Fatos do Iguaçu
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