Discussões querem achar a melhor forma de utilizar os trabalhos da Rede de Proteção nos dois municípios, pensando no público de vulnerabilidade social
A fim de estabelecer estratégias para o fortalecimento da prevenção dos casos de evasão e abandono escolar no município de Pinhão e Reserva do Iguaçu, foi realizada uma reunião no último dia 24 no auditório do Sindicato Rural com a presença de Sandra Elenice Camilo, do Núcleo Regional de Educação (NRE) Guarapuava, do promotor da Infância e Juventude da Comarca de Pinhão, Eduardo Ratto Vieira, do Conselho Tutelar, Cras, Creas, Patrulha Escolar Comunitária, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Secretaria de Assistência Social e diretores dos estabelecimentos de ensino.
“Discutirmos a melhor forma de utilizar os trabalhos da Rede de Proteção nos dois municípios, pensando neste público de vulnerabilidade social. O encontro é para pensar uma forma de otimizar o trabalho e achar uma forma de fortalecer e achar as razões. A própria escola está pensando as questões e queremos que ela saiba que pode contar com a Rede de Proteção”, explicou Sandra Camilo.
Uma informação preocupante é que o número de evasão escolar em Pinhão e Reserva do Iguaçu é bem significativo. “Temos que pensar não somente nas medidas punitivas, mas em um trabalho preventivo para evitar que esse aluno se evada da sala de aula”, frisou.
É de grande interesse da Comarca de Pinhão estabelecer estratégias coletivas para a diminuição do índice de estudantes infrequentes, visto que grande parte das ocorrências que envolvem menores em idade escolar, geralmente, são aqueles em situação de risco de evasão ou infelizmente que estão evadidos.
Durante a reunião, o promotor Eduardo Ratto Vieira abordou alguns temas e explicou o que é um ato infracional e as medidas aplicáveis previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. “Temos que tratar e não punir. O Eca possui inúmeras alternativas para resolver os problemas, o que falta é estrutura do poder público. Nós, como Rede de Proteção, temos que ir de uma forma articulada até as últimas consequências, não podemos nos desestimular e desanimar”.
Um dos pontos citados pelo promotor foi a responsabilidade da família, segundo ele, os pais devem ser chamados a responsabilidade. “Regras e limites devem ser dados em casa, quem educa o filho são os pais, não é missão da escola. Deve-se criar uma ponte entre o que o adolescente recebe em casa e na escola, que é o ponto central de desenvolvimento, mas deve ser desenvolvido também por outros setores. Deve haver a conscientização, não depositar tudo sobre os ombros dos profissionais de ensino”, frisou Eduardo Ratto Vieira.