Humberto Silva Pinho

Por Humberto Pinho da Silva

Em vésperas de Natal, andava eu atarefado, num hipermercado, em busca de brinquedo, para a minha neta.

Após percorrer as prateleiras dos jogos didáticos, e das bonecas – algumas verdadeiras cópias das originais, – deparei entre os felpudos, graciosa gatinha. O fabricante ou importador, assegurava que a bichana emitia sons reais, graças ao mecanismo que instalaram no interior do ” animal”.

Curioso atentei, observando as instruções; mas, qual foi o meu espanto, quando atónito, verifico que tinham dado ao brinquedo, o anátema nome de: Lúcifer!

Rapidamente saltou-me ao pensamento, imaginosa cena de uma extremosa mãe, depositar ternamente, sob a árvore natalícia, o mafarrico, ou colocar rés ao Menino a gatinha Lúcifer!

Cena ainda mais burlesca será quando a menina, eufórica, disser às coleguinhas da catequese ou das aulas dominicais:

– O Pai Natal ou Papai Noel, se for brasileira, trouxe-me, neste Natal a Lúcifer!…”

Eu sei que no mercado há produtos fabricados por empresas que financiam a ” igreja do diabo”, igreja que parece estar florescente em certos centros excêntricos e imorais, do vasto continente americano.

Também sei – com alegria e jubilo, – que existem multinacionais, que são ” Sócias de Deus”, entregando parte dos lucros a Igrejas Evangélicas.

Mas, que o maligno esteja tão difundido, aponto de se vender descaradamente, em países cristãos, pelúcias, com o nome de: Lúcifer, nunca me passou pelo pensamento.

Eu sei, nós sabemos, que a imoralidade marcha desenfreadamente em desabrido corcel, em todos os meios de comunicação.

Escritora amiga, declarou-me, em carta, que o editor lhe solicitara ” apimentar” o romance, se o quisesse publicar!

E também sei que a influencia das forças do Mal estão infetando, sem pejo: novelas televisivas, cinema, Internet, e até, sem o desejarmos, a emporcalhar o nosso smartphone.

Em meios, e movimentos cristãos, já se fala, a medo, da ignóbil “nova moral”, que não passa, a grosso modo, desvirtuar a doutrina de Jesus.

Dir-me-ão: é evolução, novos ventos, que sopram no século XXI; mas eu direi: que é involução, regresso à velha Roma, ao tempo de Noé:

Em Mateus 24:37/ Lc. 16:27, encontramos a profecia de Cristo, que diz: quando Jesus regressar à Terra, tudo se encontrará como no tempo do ancião Noé.

Ouvi a jovem católica declarar publicamente: que o pecado não existe, porque o pecado não passa de imaginação, e o diabo não existe.

Para o crente inteligente, que sabe pensar, basta-lhe analisar os acontecimentos quotidianos, que os meios de comunicação social transmitem para verificar que a nossa civilização descamba, a largos passos, para o abismo, para o reino das trevas.

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