Francisco Carlos Caldas

A expressão “chutou ou chutar a lata de minhoca” é impactante e muito reflexiva, pois, quando uma pessoa chega a essa nível de estresse, depressão, angústia ou mal do gênero, é porque a coisa enfeiou.

Entre tantas outras expressões reflexivas  e que levamos muito a sério é uma que relemos em um dos nossos livros dos tempo de ginásio que diz o seguinte: “Há momentos na vida que a mais leve contrariedade toma as proporções de uma catástrofe”.

O pensamento acima está na linha filosófica de leitura feita várias vezes e dias atrás, de que nos momentos de raiva, crise psicológica, violenta emoção, você não pode e não deve tomar decisão de relevância, nem com fala. Isso nos faz lembrar da figura do Zeca Diabo, papel de Lima Duarte na nova “O Bem Amado” do saudoso Dias Gomes, em que o personagem estava em processo de conversão e para deixar de ser matador, e que quando ficava com raiva, começava a contar até 10 (dez) e a raiva passava. E na vida da gente, diante das adversidades, contrariedades mutas veze temos que contador até 100 (cem). Salutar também lembrar dos 3 filtros/peneiras do filósofo Sócrates, também já abordadas e lidas como Peneiras de Hiram.

E isso também nos faz lembrar da paciência do Bíblico , de resiliência que já fizemos uma abordagem reflexiva publicada na edição nº. 830 do Jornal “Fatos do Iguaçu” do dia  13 de janeiro de 2018, de tolerância que temos que ter para com outras pessoas e  situações fáticas que fogem do controle da gente e que é perda de tempo ficar sofrendo, se chateando, se estressando.

Assim e em outras palavras, nunca devemos chutar o balde de minhoca ou algo desse contexto. Quem entrar em estado de querer  chutar a lata de minhoca ou alguma coisa, que chute uma bola de futebol de campo, de salão nem que seja perna de pau e não faça gol. Ou se envolva com caminhadas, ciclismo, atletismo, natação, vôlei, basquete, handebol ou alguma atividade esportiva do gênero.

Não é um mal enfrentar problemas,  situações até revoltantes de chatices, injustiças, indignidades, com estratégias como a do Zeca Diabo, a de escritos que fazemos em prevenção de infarto, AVC, distimia, Alzheimer, ou de alguma agressividade física ou verbal contra alguém. Quando você age com grosseria, violência, mesmo de forma reativa/defensiva  você se nivela ao agressor, ao violento, ao ignorante, salvo os casos de legítima  defesa  e outros previstos no art.  23 do Código Penal. Quantas desgraças já ocorreram em Pinhão, País, por precipitações, ações impensadas, de emoção, de um momento de ira. O feminicídio de Ângela Diniz em 30/12/1976, por Doca Street, que dias atrás (7/08/23), abordamos em uma reflexão, e que o  incidente imediato e desencadeador da tragédia, foi ela numa pós discussão fazer proposta de conciliação de que o relacionamento deles fosse aberto, tipo “amor livre”, e binômio paixão e emoção desgraçou a vida das duas partes.

Quantas tragédias já ocorreram em Pinhão, por causa do binômio arma e bebida alcoólica, que geram falta de MECANISMOS DE DEFESA.

No lugar do “chute do balde de minhoca”, a saída ou atenuante é continuar a pescaria e/ou procurar ajuda  clínica, psicológica e espiritual. E também nem pensar e afastar de vez, ideias de suicídio, pois, a Vida é Bela e pode  muito bem ser vivida na simplicidade, nas superações, e até na linha do sem pressa, “no devagar e sempre”, ainda mais para quem acredita em “Vida Eterna”, que como o próprio nome diz é longa, infinita. E se a morte for descanso, é preferível viver, não vegetar cansado e não está morto quem peleia por realização de sonhos, busca de VIDA DIGNA, causas boas, construtivas e JUSTAS.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)

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