
O ditado o combinado não é caro, e para uns algo válido e legítimo para outros, é relativo e questionável.
Quando se está diante de lados mais ou menos equivalentes em termos de recursos materiais, experiência, conhecimento, dá-se para dizer que o combinado não é a caro.
A problemática está quando de um lado está o mais forte, o mais rico, o mais inteligente, o mais esperto, o mais ambicioso, o mais egoísta, e do outro lado o mais vulnerável, o endividado que aí, há um campo fértil para exploração, aproveitamento de situação.
No cotidiano da vida dos mortais comuns, se constata muito a exploração dos mais fracos e oprimidos, prevalece o quem manda ser burro, trouxa, não saber se defender, não ter MECANISMOS DE DEFESA que é fundamental em tudo e precisa ser melhor trabalhado na famílias, escolas, comunidades.
Em inventários a tabela da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, antes honorários era de 4 a 6%, hoje 5% do valor do que toca ao contratante. Na prática é difícil se aplicar a tabela, e se usa aplicar essa percentual mais em cima de valores defasados do valor venal e real para viabilizar um pouco realizações.
Já corretores de imóveis, imobiliárias em regra cobram comissão de 5%, na intermediação de negócios hoje com várias facilidades de uso de rede sociais, acessibilidade de placas, banners, e quase que ninguém chia em pagar 5%.
Já honorários de processos contenciosos, de demandas giram em torno de 10 a 20%, mas a quem cobra 30 e até mais por cento, o que em rega não nos parece razoável, adequado e justo, salvo parceria maior em ação de riscos.
Esses enfoque e informações são uteis para reflexões e educação financeira, pois, tem muita gente meio que sem noção das coisas, e acabam presas e vítimas fáceis, de malandros, dos mais espertos, dos mais gananciosos e exploradores.
Um coisa complexa e delicada é o que ocorre com empréstimos, multas, comissões de permanência; com cartões de crédito, e que não é nem questão de combinado, mas o definido em contrato de adesão, em que em cartões deixam usuários, pagar 30% do fatura, e o saldo devedor vira um espécie de Deus nos acuda, de juros que dizem que vão de 12 a 14% ao mês, e o acúmulo de saldos devedores, vira uma desgraça, e ruína financeira de usuários do sistema, e na prática uma nova escravidão no País.
Atrasos de prestações, boletos, notas promissórias, enfim inadimplência de títulos de crédito, podem até ser combinado tolerância, ser feito renegociações, mas regra as ocorrências na prática acabem sendo muito caras, onerosas, daí o fato de que se deve evitar ao máximo e muito cuidado com dívidas em tese só viáveis se tiver previsão e uma certa segurança de receitas de como quitá-las.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).
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