Rev. Sandro

Via de regra, o conceito de ser bem-sucedido, passa por uma gorda conta bancária. Na prática é o que muitos pensam. É claro que ninguém trabalha sem salário, pois inclusive a Sagrada Escritura exorta que “todo trabalhador é digno do seu salário” (I Timóteo 5.18). Convenhamos, o dinheiro é bom, isso fica bem claro na prática, quando você recebe seu salário, ou recebe pelo seu produto, é uma boa sensação, mas o dinheiro não compra tudo. O jargão “o dinheiro não traz felicidade, mas manda comprar” é uma grande mentira, embora por algum momento pareça que traz, mas a longo prazo, se percebe que ser bem sucedido, ser feliz, não tem sua base no dinheiro em si.

Conheço e você leitor, também conhece, pessoas, famílias que desfrutam de boas condições financeiras, mas não são felizes, enfrentam crises familiares, angústias, pressões, e outras coisas. É interessante observar que os maiores índices de suicídio estão em países bem desenvolvidos, como Nova Zelândia por exemplo. A grande questão é, como lidar com o dinheiro então? A primeira grande lição é que o dinheiro não pode nos ter, não pode se transformar em um deus, quando isso acontece, ao invés de a pessoa controlar o dinheiro, o dinheiro passa a controlar a pessoa. Neste aspecto a Bíblia Sagrada traz uma verdade clara a respeito do dinheiro, “Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males.

E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos” (I Timóteo 6.10). Veja bem, o dinheiro em si não é problema (é a solução, hehehe), mas o amor ao dinheiro traz caos e miséria, angustia e destruição. Lembrando que o amor ao dinheiro não é um pecado de gente rica e sim de gente avarenta. O avarento nunca está feliz com o que tem, não consegue desfrutar de suas conquistas. Na verdade, o avarento é aquele que compra coisas que não pode pagar, para agradar os outros, ou “se mostrar”. O avarento culpa todo mundo pelas suas dívidas, mas não assume que faz as coisas sem pensar. O avarento se corrompe para ter mais, usa os outros para subir na vida, quer levar vantagem em tudo.

O avarento briga por causa da herança, quer dividir até o papel higiênico; na verdade, o avarento faz planos antes de receber qualquer herança. O avarento é aquele que trata mal os seus funcionários, pagando sempre menos do que eles merecem. O avarento é aquele que trata mal o patrão, fala mal da empresa a qual trabalha, porque nunca está feliz com o que ganha, mesmo que ganhe mais do que mereça. O avarento nunca tem tempo para a família, pois tempo é dinheiro.

Não me compreendam mal, é válido o querer melhorar de situação, ter um salário melhor, sonhar com uma vida melhor, o que é ruim é quando essas coisas se tornam deuses em que você deposita toda a sua confiança, achando que só será feliz quando atingir tal patamar e daí, quando chegar lá, vai perceber que precisa de mais coisas, ou ainda perceber que quando você chega no topo, lá não tem nada. Para lidar bem com o dinheiro necessitamos sim de muita sabedoria e sobriedade, discernimento e o grande segredo está em nos colocarmos diante do Criador, todos os dias e assim pedirmos que Ele nos dirija na administração do que temos.

Mais do que isso, precisamos que Deus nos dê humildade para lidar com o dinheiro, “para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus” (Provérbios 30.9). Enfim, todos os dias precisamos fazer um sério diagnóstico de nosso coração para não sermos iludidos por desejos e anseios que parecem bons, mas na verdade podem nos trazer grandes danos e não grandes lucros.

Se aconselhe com pessoas certas, e se estiver numa situação complicada em relação as finanças, pois se perdeu no decorrer da caminhada, pare, não queira tratar tudo de uma vez, mas comece pelo começo e lembre-se, é um processo para se perder financeiramente e é um processo para colocar as coisas no seu devido lugar.

Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana de Pinhão

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