Foto: Vida Dividida é a música de trabalho de Jocelino Alves

Jocelino Alves…  “Sou um aprendiz de músico”

Conversar com Jocelino Vitorino Alves é falar de origens, pois, ele tem apreço e muito orgulho de suas raízes, de gratidão, pois ele não esquece das pessoas que o ajudaram a se tornar o músico maduro e popular que hoje é.

Conversar com o músico Jocelino é falar de fé, pois, mais que um devoto do Divino Espírito Santo, é cantor do Divino.

É falar da paixão pelo que se faz, Jocelino é um apaixonado pela música, é falar de um artista de muitas facetas, já que ele toca acordeom, guitarra e violão, é compositor, cantor e escritor.

Um músico com raízes na música gaúcha, mas sempre aberto a todos os ritmos e agora está estourando nas rádios com Vida Dividida, uma sertaneja que aquece o coração.

Jocelino está nas plataformas musicais

Além de tocar violão e acordeom, é compositor e está nas plataformas musicais com o Álbum Vida Dividida, com 16 músicas, todas composições dele, tem músicas gostosas de ouvir e dançar e com ritmos diversos, do gaúcho ao Pop Rock, do sertanejo ao forró.

Ele está também na Web Rádio Fatos que você curte acessando o site: https://www.webradiofatos.com.br/

Vamos conhecer um pouco desse artista que afirma que: “A música tem que tocar o coração. Valeu a pena ter feito uma música se ela tocar o coração de uma única pessoa”.

As origens

Jocelino mora na entrada do município de Pinhão/Pr, desde que nasceu, na Vila Baggio I.

Bem nesse cantinho do município, o avô do músico Jocelino Alves,  Ernesto Hartt, o tio Neco, chegou, se estabeleceu em Pinhão, casou-se com Palmira Baggio Hartt.

A terceira filha do casal, Ester Hartt, casou-se com Marcelino Vitorino Alves, que veio de Mafra/SC, Jocelino é o quarto filho dos seis que o casal teve.

Jocelino, quando fala da família, seja dos avós, pais e irmãos ou da esposa e filha, tem no olhar muito orgulho e carinho.

O gosto da música veio do pai, que tocava violão, “Na família do meu pai, todos eram músicos, tive um tio que tocava violino, eu penso que herdei de meu pai meu gosto pela música e desde o berço eu escutava música, porque minhas irmãs escutavam rádio o dia inteiro”.

A professora fez a diferença

A professora Evani, lá no meu primeiro ano, me incentivava, eu cantava trechos de músicas na sala de aula para os amigos”.

As primeiras notas, aprendeu com o pai

Orgulhoso, conta que as primeiras notas do violão, aprendeu com o pai. Jocelino tem um irmão mais velho que ele, o Eliseu, e foi para ele que o senhor Marcelino comprou um violão e contratou uma pessoa para ensiná-lo tocar, mas quem aprendeu a tocar foi Jocelino, “Meu irmão tinha as aulas de violão, quando terminava a aula ele largava o violão, eu ia lá e fazia tudo que o professor tinha ensinado (muitos risos)”.

A Capela Santa Catarina

Por volta dos 14 anos, de posse do violão afinado pelo pai, Jocelino ia para o grupo de jovem, JUP, Jovens Unidos pela Paz, “Eu ia todo domingo e tocava bem animado, como não sabia afinar o violão, pedia pro pai afinar, mas se ele não afinasse, eu ia e tocava do mesmo jeito, com o violão desafinado, (mais risos)”.

Um músico tímido

Apesar de gostar de tocar e cantar, era muito tímido, quem ajudou a vencer essa timidez foi um músico de Reserva do Iguaçu,  “O Ezoel Nunes do Amaral, que é um grande músico, toca violão e canta na igreja, me incentivou muito, eu ia tocar nas missas, mas não olhava, para as pessoas, eu era muito acanhado. Ele queria que eu cantasse, longe da igreja eu cantava, mas na missa travava,  foi me convidando para tocar em Reserva do Iguaçu e fui indo e quando veio o padre Rodrigues, ele nos incentivou e fui vencendo a timidez, ou melhorei, pois continuo tímido, risos”.

A timidez foi sendo vencida aos poucos também com a ajuda da família, “Formamos um conjunto com a família, Amaral, eu, o Ildefonso, o Beraldo, a Marilde, a Nédia, o Ezoel, a Iara, fui ajudando a fazer vocal nos cantos, fui devagarinho, não foi fácil, demora a gente se soltar, perder o medo, a vergonha e cantar sozinho”.

Folia do Divino

A timidez foi sendo vencida, Jocelino chegou à Folia do Divino, por cinco anos foi folião do Divino, “Foi uma experiencia muito gratificante, vivenciei momentos lindos, ver as pessoas expressarem a sua fé quando a bandeira do Divino chega, ela faz a diferença na vida das pessoas, quando a pessoa pede com fé o Divino atende”.

Os festivais

O músico foi se fazendo e amadurecendo, cantando na igreja e nos festivais do Colégio Estadual professor Mario Evaldo Morski e nos do município o “Canta Pinhão” participando de vários na região. “Lembro dos festivais do Morski, no primeiro, cantei a música Help, dos Beatles”.

No Canta Pinhão, por 3 vezes tirou o 1º lugar na categoria gaúcha.  Teve um Canta Pinhão que ficou marcado, como o número de concorrentes de alto nível era grande, Jocelino se esmerou no cantar e na interpretação e arrasou,  “Eu cantei a música Pilcha, foi muito especial esse dia, eu me lembro com carinho, eu sabia que tinha muita gente boa concorrendo, no segundo dia, eu, para garantir uma boa colocação, no momento que a música falava das boleadeiras, eu fiz a boleadeira com o chapéu e joguei pro público, e como o chapéu era emprestado, combinei com um piá para ele pegar o chapéu e me devolver no final da apresentação, “muitos risos), fiquei em 1º lugar na categoria gaúcha”.

Alvorada Campeira

Aos 16 anos, Jocelino ingressou no conjunto gaúcho Alvorada Campeira como guitarrista “Tinha dois amigos que eram filhos do seu Olivo, grande radialista, o Edson que tocava gaita e o Mauro que tocava contrabaixo, eles me convidaram para tocar violão no Alvorada Campeira, com eles toquei meus primeiros bailes”.

Darci Lalau

Depois fui para os Guapos do Vanerão, toquei com gaiteiros muito bons, o Carlinho Amaral, o saudoso Xavier, o Zé e a pessoa que me marcou, que penso merecer uma homenagem porque sempre incentivou os grupos musicais no Pinhão, foi o Darci Lalau, praticamente todos os músicos da velha guarda  do Pinhão passaram pelo Darci Lalu, ele sempre ensinou todo mundo, muito respeitado em toda região como músico”.

“Queria ficar parado”

Jocelino permaneceu até os 26 anos no Guapos do Vanerão, e ai decidiu dar um tempo da música, “ Não consegui ficar sem, vira vicio, a gente até tenta fugir da música, mas a música não foge da gente, pode até correr dela, mas ela te acha, não adianta fugir”.

17 anos de Hart Sul

A música não quis largar do músico Jocelino e ele, com o amigo Albino Ricardo dos Santos Neto, decidiram montar uma dupla para cantar nas festas das igrejas, “Nós compramos um som, montamos a dupla Joce e Bino, começamos a ensaiar músicas sertanejas, popular e pop rock. Começaram a nos procurar para tocar nas festas das igrejas.

Nós não tínhamos nem como levar o som, às vezes o povo da igreja levava, às vezes pegavam um transporte para levar som.

O povo curtia, mas queriam dançar e pediam música gaúcha, a gaita. Eu peguei a gaita do meu irmão e comecei a levar junto, nós tocávamos as outras músicas e lá pelas tantas pegava a gaita e tocava e o Bino me acompanhava”.

Eles foram percebendo que o povo queria dançar ao som da gaita, “Como vimos que o povo queria a música gaúcha, fomos mudando, convidei um primo, que tocava contrabaixo, convidei o Felipe Dellê, que tocava bateria, como eu ainda era aprendiz de gaita, convidamos um gaiteiro e fomos transformando a dupla no Hart Sul”.

A dupla Joce e Bino se transformou em Hart Sul, teve na sua primeira formação Jocelino e Albino no violão, Genilson Ferreira, o cantor, Oladir, o gaiteiro, Felipe Dellê, na bateria, Edson, o Fofo, no baixo.

Nova Fase

Hart Sul passou por mais uma transformação, “Fomos tocar na terceira idade, mas o gaiteiro teve problemas e não pôde ir, o Aldo Amaral, que é um grande gaiteiro e tocava na época num grupo maior, mais conhecido, veio, tocou conosco, gostou muito e fizemos uma sociedade. O Albino decidiu que não iria permanecer conosco, foi para outros projetos e com a vinda do Aldo, que também trabalhava com a parte técnica, o grupo evoluiu, estamos aí há 17 anos na estrada”.

2005, o amor chegou…

Jocelino Alves, que aos 26 anos já cantava o amor e em muitos bailes embalou o início de muito namoro, descobriu o amor, a jovem Luci Maria Aparecida Silva, se encantou como o músico Jocelino Alves e de uma troca de olhares, nasceu uma família.

Casado há 20 anos com Luci, pai das duas lindas jovens, Anabelly e Tamires, afirma que a esposa não tem ciúmes, “Nós nos damos muito bem, ela me conheceu tocando baile e sabe que é minha profissão e me dá muito apoio, ela sabe que o que ganho como músico invisto na nossa família”.

Ser pai…

“Ser pai nos transforma, nos amadurece, minhas filhas gostam de música, minha família é tudo para mim. Hoje, para tocar no Natal e final de ano, o cachê tem que ser muito bom, (risos) porque tem momentos com a família que são únicos”.

O compositor

Além de tocar e cantar, compõem, segundo ele, o gosto pela leitura trouxe a composição “Eu sempre gostei muito de ler, comecei com os gibis, depois fui lendo outros livros, isso me deu uma certa bagagem para compor”.

Sonho de Amor

“A minha primeira composição criei a partir de uma história real, foi Sonho de Amor, o grupo Ala Pucha gostou da letra, musicou e em 1999 gravaram. Ela foi muito tocada aqui no Pinhão e no Rio Grande do Sul, ela foi uma boa surpresa fez um sucesso que eu não esperava”.

O grupo Os Manos gravaram três músicas dele, “A Busca, Cantiga de Ninar e Visita ao Cancioneiro” que também fizeram muito sucesso.

O processo de composição foi amadurecendo com as leituras, a vivencia da vida, o contato com outros músicos, hoje ela flui com mais naturalidade, “Hoje me sinto mais maduro quando componho, porém, cada composição é única, às vezes, em 15 minutos você escreve a letra e melodia, outras vezes leva dias, até um ano, não tem como explicar como acontece”.

Hoje Jocelino Alves tem mais de 40 canções de sua autoria gravadas.

Vida Dividida

No momento, Jocelino vive a experiência de ver uma música sua no estilo sertanejo ser pedido nas rádios, “Eu estou muito contente, Vida Dividida é uma música que vem da maturidade musical, eu a compus de forma espontânea, o estilo, a letra, veio naturalmente, teve a participação do meu amigo Rivael, grande violeiro que sugeriu e colocou um solo no início da música em lá maior”.

Peça Vida Dividida na Web Rádio Fatos

Se você quer ouvir a música Vida Dividida ou outra música do Jocelino Alves, é só pedir na Web Rádio Fatos, acessando o site: https://www.webradiofatos.com.br/ ,“Ouvir as pessoas pedindo a música, ouvir ela na rádio, é uma emoção indescritível, porque se a pessoa pede a música é porque a música de alguma forma tocou seus sentimentos, essa é a função da música, despertar sentimentos nas pessoas”.

Um artista sempre em movimento

Além de tudo isso, Jocelino já gravou um CD religioso, “Prece Campeira”, com preces e cantigas para a missa campeira, e o CD Páginas Viradas, que reuniu vários estilos.

O cantor, músico e compositor é também escritor de livro infantil, mas aí já é outra história…

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