Por Valter Israel da Silva e Claudemir Gulak
Encerrou no último sábado, treze de novembro, a COP 26 com a divulgação do texto final, aprovado por seus quase 200 países membros, o que é um avanço importante na defesa do clima. Porém, houve uma suavização em termos do texto, como por exemplo “acelerar a eliminação do uso de carvão e dos subsídios aos combustíveis fosseis”, e passou para a seguinte redação “ a eliminação progressiva do uso sem restrições do carvão e dos subsídios ineficientes para combustíveis fosseis”. Esta mudança no texto enfraquece muito a decisão tomada pelo conjunto dos países em relação as ações a serem tomadas em defesa do clima.
O maior peso da discussão durante a COP 26 foi mesmo em torno do artigo 6º do acordo de Paris, que trata de regulação do mercado de carbono.
Apesar de assinarem o acordo, muitos países saíram criticando o texto, por um lado, a discussão sobre “perdas e danos”, na busca de que países ricos financiem países pobres para reduzir as emissões e por outro, países mais afetados pelas conseqüências da crise climática afirmam que o texto não reflete a urgência das ações em defesa do clima.
Diversas opiniões apontam para o fato de que muitos países cederam para conseguir chegar a um acordo, mas a flexibilização do texto não aponta para ações concretas em defesa do clima, deixando parecer que as soluções para a questão do clima foram adiadas mais uma vez.
Para a ativista Sueca Greta Thumberg, o resumo da COP 26 foi “blá, blá, blá”. Disse ainda que o “verdadeiro trabalho” acontece nas ruas.
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