Boa fé
Essa semana o juiz eleitoral fez uma reunião com os vices e presidentes de partidos e pré-candidatos expondo que todas as suas decisões e espera que as posturas dos candidatos também estejam baseadas em três pilares – transparência, boa fé e probidade. Transparência e probidade são termos técnicos diretos. Mas o termo boa fé nos conduziu a uma pequena reflexão, primeiro buscando o que quer dizer de fato esse termo boa fé. Fé é crer, é acreditar no que não se vê, não se toca, mas se tem a certeza que existe. Fé sempre lembra, inspira ações positivas. Para os que crêem, boa fé quer dizer coração puro, que buscam o bem. Assim, transportando para a vida cotidiana, quem tem boa fé tem boas atitudes, quer e pensa em coisa boa. O seu agir é correto, é dentro da lei e do bem. Mas como fé pressupõe atitudes, ações, espera-se de quem tem boa fé que ele aja, mova-se em busca do bem. No caso especifico dos políticos, que eles de fato desejem o bem, queiram fazer o melhor e o melhor para todos. Ficou evidenciado que o juiz partiu da premissa que todos são homens e mulheres de boa vontade. Deu crédito a todos. Até porque se todos que vão concorrer aos cargos de gestores e legisladores do município estão de fato buscando esse posto para fazer a diferença, para alavancar esse município ao desenvolvimento e tirar tantas famílias da linha da pobreza, se seus corações e pensamentos estão puros e cheios de boa intenção é evidente que as campanhas serão tranqüilas, democráticas, transparentes, limpas, pois como se faz a campanha, é como se governará. Não tem como pedir voto negociando, comprando, ludibriando e depois querer governar de forma limpa, pois nos próximos dias os políticos estarão colhendo votos, mas espalhando sementes do seu pensar, do seu jeito de ser e agir e ai terá obrigatoriamente de colher o que plantou. Como o juiz, é necessário que os eleitores também dêem o seu voto de confiança aos políticos, mas claro, sem esquecer que de pessoas de boa intenção e palavras doces o inferno está cheio.