“Proceda de tal modo que o princípio de sua ação possa ser elevada a categoria de lei universal”. (Immanuel Kant, filósofo prussiano que viveu nos anos de 1724-1804).
Dias desse estava me lembrando, das preciosas pregações culturais que um saudoso professor de nome Juguarta Gonçalves Pereira, nos fazia, nos tempos do curso de Direito na UEPG, em meados da década de 1970. Certa vez, ele citou a frase acima de Kant, e nunca mais me esqueci.
Isso aliado a convicção de que a consciência é a presença de Deus em nosso ser, e que é só agir com critérios e princípios, que as coisas tem tudo para dar certo e bem. A ideia básica do certo ou errado, é inata. O ser humano, é bom por natureza, pois, criado a imagem e semelhança de Deus. E Salvo alguma doença, ou desvios de efeito de drogas, o seguir a razão, consciência e “natureza das coisas”, é o caminho, verdade e vida.
Já o agir guiado por critérios cristãos e de santidade, é o ideal e maravilha, mas essa caminhada não são para qualquer um. Irmãs Dulces, Madres Terezas de Calcutá, São Francisco de Assis e outros dessa linha, são poucos e especialíssimos.
Imagine em nossas ações, termos que responder a indagação: o que Cristo faria em meu lugar?
Em sendo a santidade, exceções a regra, já dá para se contentar em ter uma conduta cidadã, respeitar os outros e o que é dos outros, cumprir também os deveres cívicos, como ser patriota, pagar impostos, cumprir as leis, ser solidário, justo, ainda que a justiça seja como a luz, difícil defini-la mas que a gente sente desde logo quando falta.
Uma outra coisa fundamental na vida de qualquer ser, é a organização. Pessoas que se organizam e tem controle das coisas, também passam por dificuldades, agora, já dá para imaginar as peripécias dos desorganizados, imprevidentes, dos que não fazem ao menos um mínimo de planejamento em seus atos e ações.
Na política também o agir com critérios e baseado em princípios, é fundamental. Em assim agindo você pode até enfrentar coisas terríveis e horríveis, mas não praticando o mal, você resiste e nem a morte o detém, que o diga, o legado de grandes homens como Gandhi, Martin Luther King, Abraham Lincoln, Tiradentes, que se foram há muitos anos, e não esquecemos deles, os admiramos e a exemplos de outros, são nossas referências para não dizer heróis. E os filósofos como Confúcio, Sócrates, Platão e outros, em que o disseram há séculos, até os dias de hoje, nos levam a meditação e reflexões.
E há ainda o legado de pessoas maravilhosas, fantásticas e comuns que convivem conosco no nosso cotidiano, ainda que fisicamente mortos.
Que os nossos atos e ações, simples escritos como este, sirvam, senão para legados, para alguma reflexão sobre a vida que é como uma velinha acesa que pode se apagar a qualquer momento.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista, cidadão)
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