Foto: Pedro França/Agência Senado
Da Redação com Agência Senado
O senador Alvaro Dias (Pode-PR) não vai mais concorrer à Presidência do Senado. Da tribuna, ele disse que a “renúncia não é fácil, não é um ato de covardia, mas é um desprendimento”.
— Esta renúncia é em respeito ao Brasil. Não quero ser acusado depois de ser responsável pela eleição de Renan Calheiros, sendo acusado de ter dividido os votos no campo da mudança, pois o fatiamento leva a não mudar — explicou.
Ele lamentou que “os ventos da mudança não tiveram portas abertas na sua entrada no Congresso Nacional”. Afirmou que imaginou ser candidato não para exercer o poder pela ambição de exercê-lo, mas para ser o porta-voz de uma ideia de mudança que foi escrita nas urnas nas eleições do ano passado.
Ele criticou ainda a chamada velha política, que segundo ele, está “muito viva” na Casa.
— Durante décadas o Senado foi governado por um mesmo grupo político e alternância é um princípio básico da democracia. Um único partido político governou esta Casa durante os 34 anos da Nova República. Apenas durante dois anos não esteve presidindo, comandando, administrando esta Casa. E onde está o nosso conceito? Onde está nossa imagem? O nosso conceito, a nossa imagem, está no chão — considerou.
Ele agradeceu, ainda, o apoio que recebeu da população nas enquetes feitas na internet que o escolhiam como presidente do Senado.