Francisco Carlos Caldas

No dia 9 de junho de 2023, completamos 23 anos de atividade na Câmara Municipal de Pinhão, 12 de três mandatos eletivos  (1889-1992, 1997-2000 e 2013-2016), sem nenhuma viagem à Brasília, sem uso de carros públicos e sem recebimento de diárias;  e 15 como advogado/servidor, sendo 4 anos desses acumulando funções  de Vereança (nos anos de 2013-2016). Isso tudo foi  e está sendo uma experiência e tanto  e de razoáveis legados.

Na  Vereança a primeira de 1989-1992 foi a mais impactante e produtiva, de reestruturação organizacional e de grande legado.  Líder de Bancada e do Prefeito por 4 anos e que passamos por alguns sufocos, por árduos enfrentamentos de forças do mal  e combate implacável à corrupção, em que por muito pouco não acabamos sendo assassinado em agosto/setembro de 1989. Sobrevivemos graças a várias fatores, entre os quais posições bem claras e firmes de onde estava o perigo, autoria  e uma das maiores desgraças de Pinhão. Prevenção de resultado efetivo, para que não ocorresse o que ocorreu com Mário Evaldo Mórski, assassinado em 4/4/84 e em que assassino e mandantes ficaram impunes. Estivemos na presidência da Casa, nos anos de 1997-1998 e nos sucedeu o hoje o saudoso Lauro Seguro Korchack, e nesse quatriênio houve muita economia, austeridade e eficiência em gastos, e Câmara com 11 Vereadores e 6 funcionários. Atualmente tem 13 Vereadores e 29 funcionários (10 efetivos).

Como advogado servidor de 9 de junho  de 2008 para cá,  passamos maus bocados em 2008 por nefasta e ímproba perseguição política, e depois atuação eficaz e eficiente sem maiores problemas, sem nenhum atestado médico, sem nenhuma ausência não compensada, cumprindo carga horária em livro ponto e nos últimos tempos por relógio  digital, sem nenhum curso pago pelo  erário público, nenhuma diária recebida nesses 15 anos, e com serviços em dia; sem usufruir licença-prêmio  (3 meses a cada 5 anos) ou conversão da mesma em pecúnia (75% da remuneração), qualquer delas privilégio, e menos pior para o interesse público e bem comum, o gozo da citada licença.

As informações e abordagens acima, não são para se vangloriar, se achar, “metidez” ou fraqueza e feiúra do gênero, mas para despertar raciocínios, exercitar cérebros e de que é possível ser  ou estar político e “servidor público”, na prática  diferenciado, com eficácia, eficiência, decência e dignidade, e que é isso é dever e o que deveria ser o normal, o corriqueiro no contexto até de privilégio, diante de situação social de muitos desempregados (18,568 milhões – 8,8% da população do País que é de 211 milhões), muitos sem moradia própria (déficit em torno de 5,8 milhões,  11.403 favelas e 17 milhões morando em favelas), muitos sem eiras nem beiras, sem rendas de trabalho e atividade, enfim pessoas  que passam fome, na linha da miséria que são mais de 30 milhões de brasileiros.

Temos um carinho especial pelo Órgão Legislativo Municipal, e somos muito grato a esse Poder por tudo que nos proporcionou, e quando deixar essa instituição é este pensante e escriba que deve homenageá-la pelos relevantes serviços a nós  prestados, e por mais que dediquemos o nosso  melhor para  ela, fica uma dívida e gratidão impagável, que é só fazer uns calculozinhos para constatar. Alguns perrengues, estresses, distorções desencantos que vezes ou outra tem que se enfrentar,  fazem parte da caminhada, do jogo da Política, Cidadania e Vida.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)

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