Para o Governo do Estado e Presidência da República este pensante não mais tem ninguém para votar. A minha cabeça, meus neurônios entraram em curso circuito, e a opção que nos restou é votar em alguém que não tenha chances de ser eleito, para se estressar e sofrer menos.
A nível Municipal, e Pinhão e Reserva do Iguaçu em que temos lidas, ainda não estamos omissos, equidistantes, e desencantado no seu todo, e ainda queremos votar e apoiar candidatos desses dois territórios.
Em Pinhão, estamos amadurecendo o projeto “Não vote em mim”, que é de trabalho e decisões em cima de ideias, causas e posicionamentos na linha do projeto República Pinhão que Queremos/REPIQUE, e em que candidato a Prefeito e Vereança, faça, pregue o contrário do politicamente correto, das maravilhas que vai fazer, das coisas que vai dar, da benesses e vantagens, das gratuidades, isenções, aumentos de cargos, geração de empregos e salários do funcionalismo.
E que pregue e deixe bem claro na campanha, entre outras coisas respeitando os diferentes e diferenças, com critério e mínimo de coerência ações do tipo: “escreveu não leu o pau comeu”; quem quiser moleza, privilégios, horas extras sem fazer, pouco trabalho, empreguismo, assistencialismo desenfreado, gratuidades, isenções, pouca ou nenhuma contrapartida de munícipes, não vote nesse candidato.
Assim os candidatos nessa linhagem ficam com poucas possibilidades de serem eleitos, mas se vencerem daí sim vão poder fazer um trabalho que precisa ser feito, romper paradigmas e aplicar os princípios consagrados de administração pública, entre os quais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência/LIMPE, eficácia e outros de supremacia dos interesses públicos sobre os particulares, e de combate a praga do patrimonialismo, enriquecimentos ilícitos, desperdícios, mordomias, corrupção, improbidades e maldades do gênero.
Enquanto a gente estiver votando em que promete o mundo e o fundo de coisas boas, vantagens, de amor louco ao povo, trocando votos e apoio por cargos e principalmente aos mais fracos e oprimidos que são a maioria e que decidem eleições, as coisas vão estar abaixo das reais necessidades e qualidades que precisam ser feitas, distante da decência e dignidade e as coisas vão continuar na linha das operações “enxuga gelo”, colocações de problemas debaixo de tapetes, enrolações, enganações, hipocrisias, incoerências, desperdícios, injustiças e males desse tipo.
Pinhão, Reserva do Iguaçu, Paraná e Brasil, precisam de disciplina, austeridade, rigorosa fiscalização no uso e aplicação dos recursos públicos, ordem em galinheiros, gestores com mecanismos de defesa de mazelas, e avessos as malandragens, improbidades, injustiças e males do gênero.
Como dizia o ex-Prefeito de São Paulo Bruno Covas, “é possível fazer política sem ódio”. Lema de seu avô Mario Covas: enfrentar, combater e vencer. Não se faz política com ódio, nem com ideias radicais e de extremos, mas também não só com moleza, vaselina, cafunés, medo, frouxidão, incoerências, o se querer agradar e ser bonzinho com todo mundo. Mais do que eu, minha esposa era fã e votava em Mário Covas, e a imagem mais marcante que tenho dele, é ele se limpando de um ovo que lhe atiraram no rosto, e não se se intimidou continuou a luta. Afinal e como dizia Mahatma Gandhi“ acreditar em algo e não vivê-lo é desonesto”.
Ninguém é dono da verdade, infalível e salvador da Pátria, daí, a importância de preocupações com a consciência, com coletivo, com o bom senso, e convicção de que várias cabeças pensando e tomando decisões as chances das coisas darem mais certos, aumentam significativamente.
Esta crônica é a de nº. 600, e foi planejada de ser um divisor de águas, de tempo, de propósitos de rompimento de paradigmas, pois a ideia daqui para frente, é atuação política e cidadã, na linha de um projeto paradoxal, dialético, com uma certa dose de radicalização e em síntese na linha do “Não vote em mim” (numa pessoa) e sim em ideias, posicionamentos, causas, REPIQUE ou algo do gênero, e isso tem até um fundamento organizacional e constitucional, o princípio da impessoalidade previsto no art. 96 da nossa Lei Orgânica Municipal, art. 37 da Constituição Federal-CF.
Esta crônica foi feita antes de 19/05/21, mas atualizada em 21/05/21 fica também como uma homenagem à memória e legado do meu parente, amigo Ivonei Oliveira Lima, que fisicamente e prematuramente nos deixou no dia 19 de maio de 2021, e com quem convivemos militância política num mesmo Partido por décadas, e com quem tínhamos muita afinidade ideológica e ética e nos anos de 2011/2014 com Francisco Deodoro Sens, formamos um trio de estudos quando do Curso de Administração Pública que fizemos pela UNICENTRO/EAD, e laços de amizade, consideração, admiração, passaram para dimensão eterna.
Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão.
E-mail “advogadofrancal@yahoo.com.br”
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