Com o fim da vacinação contra a febre aftosa, todos os animais com interesse econômico devem ser cadastrados na Adapar via site ou pessoalmente
Redação Fatos do Iguaçu com Assessoria
O prazo para os produtores rurais do Paraná fazerem a atualização dos seus rebanhos termina no dia 30 de novembro. O procedimento é obrigatório para todos aqueles que tenham animais que transitam pelo Estado com interesse econômico.
Isso vale, portanto, para todas aquelas atividades que necessitam da chamada Guia de Trânsito Animal (GTA). O trâmite é gratuito e pode ser feito tanto pelo site da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) ou pessoalmente (veja abaixo, em Serviço).
A exigência do cadastro foi implantada como parte das ações que substituem a vacinação obrigatória de bovinos e bufalinos contra febre aftosa. A Instrução Normativa 47, da Adapar, previu a suspensão da vacina para esses dois grupos de animais, que acontecia em duas fases anualmente. Com a retirada da vacina, a Adapar substituiu a comprovação da vacinação, pela Campanha de Atualização de Rebanhos, para assegurar o controle sanitário no Estado.
A medida obrigatória vale para propriedades que detenham animais de produção ou trabalho, como bovinos, bufalinos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas, peixes, além de caixas de abelhas. Essa é uma forma de promover um conjunto de ações que vão provocar uma melhoria na sanidade das criações voltadas à produção de proteínas animais no Estado.
Além de ser uma medida de segurança para o próprio setor, quem não atualizar o cadastro está sujeito a algumas penalidades. A primeira delas é o fato de não conseguir movimentar os animais, pelo bloqueio sistêmico das GTAs, o que inviabiliza a atividade econômica dos pecuaristas. Outra é a possibilidade de multa.
Para o técnico do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP Guilherme Souza Dias, o cadastro em dia é um instrumento fundamental para ter um sistema sanitário sólido. “Com essa ferramenta é possível monitorar a dinâmica da movimentação animal no Estado. Em qualquer emergência, no caso de foco de alguma doença, por exemplo, é possível que as autoridades sanitárias identifiquem a origem do foco, bem como os rebanhos periféricos, o que irá nortear as ações de saneamento de maneira rápida e efetiva”, explica.
Dias lembra que o tempo de resposta a qualquer emergência precisa ser o menor possível e que isso só se obtém com produtores (de todas as cadeias produtivas) e autoridades sanitárias trabalhando em sintonia. “Qualquer sintoma de doenças infeciosas precisa ser notificado, existe toda uma estrutura preparada para indenizar produtores que porventura tenham prejuízos por ações de controle de doenças.
É preciso seguir todos os protocolos e agir com seriedade quando o assunto é a credibilidade internacional sobre a qualidade dos alimentos produzidos pelos paranaenses”, completa.
Serviço
A atualização do rebanho pode ser feita pelo site: http://www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Também é possível fazer o procedimento pessoalmente em uma unidade local da Adapar, em um escritório de atendimento municipal autorizado ou em um sindicato rural autorizado.