Nas últimas décadas do século XX, estive com Yung, ilustre pastor luterano, quando este foi convidado a visitar convento franciscano.
Receberam -nos de braços abertos, com a franqueza e a simplicidade peculiar dos franciscanos. Fomos acompanhados, na visita, pelo Frei Martinho.
Durante longo tempo, conversamos sobre a inconveniência da divisão da Igreja de Cristo.
A propósito, o pastor, concordando a lamentável separação, argumentou ter a vantagem de haver entre as várias denominações, mais incentivo, maior vontade de levar Cristo, ainda mais longe.
A certo momento, da interessante e proveitosa conversa, o conhecido pastor, narrou o que lhe aconteceu, quando pregava, nos Estados Unidos, com o fim de angariar fundos para as missões.
Pelo cair do crepúsculo, de dia soalheiro, bateu à porta de moradia, cercada de viçoso gramado.
Abriram-lhe a porta. Chegou a ampla e sombria sala, onde casal, com filhos, estavam estirados no chão, de pés nus, a ver TV.
Disse-lhes ao que vinha. O dono da casa, virando-se para o Reverendo, disse-lhe:
– Vai ao meu escritório. Abre a primeira gaveta, e tira tantos dólares.
Estranhou, o pastor, o a vontade, e ainda mais a confiança, que faziam nele.
Foi ao escritório. Abriu a gaveta e ficou atónico: estava recheada de notas…Tirou a quantia combinada, e foi despedir-se, agradecendo a generosidade e a confiança depositada
Em resposta, ouviu o seguinte:
– Não é pastor?! Porque havia de desconfiar!?…
Concluiu o sacerdote: qual o crente, na América Latina, e mesmo em Portugal, confiava assim num padre ou pastor?
E eu fiquei a pensar: Pena é que não seja assim, em toda a parte. Como seria bom, que os crentes tivessem total confiança nos ministros de Deus.
Que devem dar o exemplo de: honradez, lealdade, e honestidade.
Infelizmente, há de tudo…
PARA LER OUTROS ARTIGOS – CLIQUE AQUI