Francisco Carlos Caldas

Nossos respeitos aos desbravadores  e agentes que trabalharam muito e fizeram atos de bravuras para  as conquistas e realizações que trouxeram melhorias para a vida da população de cada cantinho desse imenso e rico Brasil.

Em todos as atividades humanas há pessoas que foram e são muitos úteis ao BEM COMUM, mas hoje o foco, é para o segmento da produção rural, de forma mais acentuada para os produtores agrícolas, de alimentos, tanto da agricultura familiar, de subsistência como os do agronegócio, que muitas vezes tem lá seus revezes, e trabalhos e investimentos resultam em prejuízos, quebras, dificuldades de honrar compromissos financeiros assumidos.

Este pensante tem origem rural, mas da atividade pecuária, que em regra não envolve maiores riscos. Essa atividade  na nossa região, salvo alguns produtores de ponta e que produzem carne com bovinos precoces, com silagem, rotatividade de pastagens, e alta tecnologia, no geral não trazem prosperidades rápidas, mas são na linha do mais devagar e maior segurança.

Pecuária, produção de leite, sem boas ou razoáveis pastagens, e só na base de silagem, rações, fenos, temos como uma atividade inviável, de prejuízos, perda de tempo.

Já o agricultor flutua ao sabor da conjuntura, e fica na dependência da política de preços, do sol, da chuva, da logística de transporte, armazenamento, venda de produtos e uma série de fatores, que por mais “cabeça”, estrategista e dedicado que seja o produtor, tem lá seus revezes, seus altos e baixos, o que já nos levou a conclusão, de  que plantação de soja, milho, feijão, malte, trigo, é meio que só para fortes e grandes proprietários rurais. Pequenos e de poucos recursos e que dependem muito de fazer  plantações só com financiamentos, endividamentos, não tem boas perspectivas e um futuro promissor, e na prática acabam engrossando o contingente dos novos escravos do capitalismo, e acabem  até se quebrando e na insolvência.

Este nos seus mais de 42 anos de advocacia em Pinhão, e mesmo de antes dos tempos de estudante, teve o dissabor de conhecer as agruras e martírio de alguns pinhãoenses que tiveram que sacrificar patrimônio, principalmente imóveis rurais, para pagar contas de mal sucedidas lavouras/plantações.

E quem tem hoje  por exemplo área 97% coberta de matas, por causa da Lei nº. 11.428 de 22/12/2006, da Mata Atlântica, está sofrendo horrores, não pode fazer nenhum desmate  e na prática não podendo nem limpar direito o imóvel, como arrancar e cortar cipós de macacos, caraguatás, catium, assa-peixe, e amontoar árvores e troncos caídos que só mude o lugar para abrigo e comida de corós, ratos e formigas, pois, autorizações não saem pelo IAP/IAT e qualquer marrom de terra, de gradagem que apareça em satélite, no lugar do verde dessas pragas fica alvo de atuação, ação civil pública de danos ambientais, processo crime,  perseguições e injustiças  como se fosse desmatamento e inimigo do meio ambiente e agente de males do gênero.

Esta reflexão é uma espécie de alerta e para despertar reflexões  e maiores MECANISMOS DE DEFESA na área, para que nossos heroicos e vulneráveis agricultores, não virem mártires, vítimas dessa conjuntura toda.

De qualquer forma, e ainda que nas atividades rurícolas se tenha esses problemas e perrengues, o meio rural fascina, é encantador, e não foi à-toa que Khalil Gibran, ensaísta e poeta libanês (1883-1931) disse certa vez “No fundo somos todos lavradores, e todos amamos os vinhedos, e nas pastagens da nossa memória há sempre um pastor e uma ovelha perdida,

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)

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