Francisco Carlos Caldas

Já em outras oportunidades e mais especificamente numa crônica de janeiro de 2002 neste órgão de comunicação, matutamos sobre a participação e influência de mulheres em nossas Vidas.

            Hoje voltamos ao assunto, porque cá com meus botões, cheguei mais uma vez à conclusão de que sou comandado ou mandado por mulheres. Primeiro, a minha mãe em que pese falecida em 20 de janeiro de 2000; a minha filha, a minha esposa e agora por último a minha netinha que completou 5 anos no dia 7 de junho de 2021, a quem presenteio com esta crônica 602, sem aglomeração e guloseimas por causa da terrível pandemia do coronavírus – Covid-19 e suas cepas variantes, que estão dizimando muitas Vidas, e só em Pinhão, já 68 pelo último Boletim epidemiológico do Município.

            No âmbito familiar a situação é essa, e podem me colocar naquela Associação  MMM de uma música dos Garotos de Ouro, que fala sobre os maridos mandados por mulheres. Sem nenhum constrangimento.

            Na política local, já há tempos, estamos pregando e querendo fazer campanha e ser cabo eleitoral de uma mulher para comandar o Poder Executivo Municipal. Em 2012, fizemos um trabalho e tentativa nesse sentido, e quase que tivemos êxito, e não desistimos e estamos fortalecendo à  ideia, no segmento MDB, Partido que militamos desde novembro de 1981.

            O Pinhão que em 15 de dezembro de 2021, vai completar 57 anos de emancipação política, está precisando e em muito de toques, visão e comando feminino. Os homens já tiveram bastante oportunidade.  

Mulheres inspiradoras, entre outras: Florence Neghtingale, enfermeira italiana que estabeleceu as bases da enfermagem moderna (1820-1910).; Marie Curie, cientista polonesa (1867-1934); Madre Tereza de Calcutá, missionária albanesa (1910-1997); Irmã Dulce, cristã baiana (1914-1992); Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista catarinense (1934-2010); Margaret Tatcher, ex-primeira ministra do Reio Unido (1925-2012);  Kolinda Grabar-Kitarovic,  ex-presidente  da Croácia; Angela Merkel, chancelar da Alemanha; Jacinda Ardern, 1ª. Ministra da Nova Zelândia, e tantas outras dessa envergadura, balançam o nosso coração e memória, mas se damos por satisfeitos com mulheres de padrões mais simples e comuns, e em nosso meio têm muitas de fibras, guerreiras da paz, e de segurança, de dignidade, decência e ética que podem fazer a diferença na Vida Pública local.

            Na educação dos meus filhos e agora de neta, e preocupados com suas formações, entre os livros adquiridos uns de “Cada dia uma história”, “Histórias para dormir”. A ideia é desenvolvimento do hábito da leitura, e o encanto pela história, passado, nossas origens, sentido da vida, apego as virtudes entre as quais a da gratidão. E já combinei com a minha neta, que depois que ela aprender ela vai ler  e refletir, em princípio e ainda que uma por dia,  as minhas já mais de 600 crônicas escritas. Ninguém é dono de ninguém, cada um segue a sua vida. Deus é infinita bondade e nos deu LIBERDADE, LIVRE ARBÍTRIO, consciência e uma bela natureza, para a nossa vida. Ninguém é perfeito e dono da verdade, mas em cima de tripés, entre os quais, família, igreja/religião e escola; ver, julgar e agir; passado, presente e futuro, virtudes e valores do gênero, dá para se ter uma bela  caminhada e missão terrena.

            Achamos um desperdício, o que se perde de histórias, experiências e legados de pessoas, pois, mutas coisas só fica no âmbito oral, e se perdem no tempo, que como dizia o Pe. Antônio Vieira, em um texto “Amor Menino” da literatura barroca, dos meus tempos de 3º. ano colegial (1974): “Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera!.”

            Que cada um ao partir desta para outra, deixem mais do que heranças, patrimônio, coisas materiais, um legado de boas obras, bons exemplos, de vida simples, digna e honrada. Que em não sendo possível compartilhar com outros, os mais de 12 mil pensamentos que tenho nos meus arquivos e mais de 600 crônicas reflexivas feitas e da espécie ABECEDÁRIO FRANCISCANO que ao menos a minha neta leia e medite, pois, neles um pequeno potencial de centelha de uma velinha no meio de tanta escuridão, e fica o legado de ter feito a minha parte,  também a essa causa e anseio de MULHERES NO COMANDO, não só de fogão, tanquinho, lares, empreendimentos privados, mas também de Vidas Públicas.

Francisco Carlos Caldas, advogado,  ex-professor de EMC e OSPB; municipalista e cidadão.

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