Francisco Carlos Caldas

Temos fascínio por folclore e mitologia grega.

Dia 25 de agosto é o dia do folclore,  e quando estivemos professor de Educação Moral e Cívica-EMC, no Colégio José de  Mattos Leão, hoje Mário Evaldo Mórski, promovemos em alusão a essas data um Evento “Noite do Folclore” e apesar de  fusível queimado que gerou problema de falta de  som eletrônico, o evento foi bem sucedido, e o ingresso era alimentos, roupas e calçados usados, e  a arrecadação foi boa para Assistência Social do Município. Entre outros, o Saci-pererê e o Curupira estiveram por lá.

Há muitas coisas interessantes, reflexivas e até divertidas, sobre mito, lenda, crenças, superstições  e crendices. E também sobre causos e piadas.

Quando acadêmico de Direito em 1975, na disciplina de Sociologia, apresentamos um trabalho sobre Crendices Populares, e os colegas se divertiram muito com algumas crendices apresentadas. Crendices ou abusões são explicações errôneas de fatos naturais; crença absurda ou ridícula.

Há crendices de todas as fases da vida. Do berço ao túmulo como se diz. Sobre gravidez, parturiente, cuidados com a criança, aleitamento, infância, puberdade, namoro, noivado, casamento, alimentação, vestuário, sonhos, trabalho e morte.

As crendices populares vão das mais simples, como se deixar calçado virado a mãe morre, criança que morre sem ser batizado vira serpente a algumas mais impactantes, dentre outras: dar café para quem queira casar com um gota de menstruação é casamento na certo; dar café coado na meia que estiver usando, ou ainda ferver imagem de Santo Antônio na água que se vai fazer o café, e dar para o namorador beber, é fatal, dá casamento na certa.

Sobre essa última crendice, entre tantos causos contados nos programas do saudoso Rolando Boldrin, um deles, foi que uma mulher estava interessada no compadre, e não estava sendo correspondida. E ela baseada nessa crença, numa visita do compadre passou um café, no lugar do cuador, uma peça íntima. Só que ela ao pegar no varal do lusco fusco da noite, pegou peça trocada, e o compadre depois que tomou o café, começou a chorar por causa de demora  e saudade do compadre.

Em Pinhão e também parte do folclore, precisaríamos catalogar os causos contados em reuniões e principalmente em noites de velórios, e que há muitos e que foram e são formas de você conseguir atravessar à noite acordado, enquanto não adotarmos práticas como dizem que adotaram os descendentes dos suábios de Entre Rios, que depois das 22 horas ou meia noite, deixam o morto na capela, e só de manhã dão continuidade ao velório.

Contadores de causos,  a nível Nacional um dos expoentes foi Rolando Boldrin. Em Pinhão,  de causos e de visagens já  tivemos uns “feras”, entre outros os saudosos: Ari Dellê Caldas, Fleury Ferreira de Lima, Nezio Nogueira, José Ferreira Martins, Albari Ferreira Caldas.

Muitas vezes na vida, a gente precisa de arte, folclore, causos, piadas, para não vegetar, começar a morrer ou  morrer de verdades, tristes realidades e perrengues.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)

 

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