Auxislene pretende até o final de 2018 vir a Pinhão recuperar parte da sua história que ficou perdida há 30 anos

Por Naor Coelho

No inicio da tarde do dia 27 de dezembro de 2017, recebemos a seguinte mensagem em nossa fanpage (www.facebook.com/JornalFatos), “Boa tarde! meu nome é Auxislene, morei aí ai em Pinhão quando eu tinha 8 anos de idade …não lembro muito mais como era.Hoje eu tenho 39 anos, moro em Tailândia, Pará, estou à procura dos meus parentes”.

Logo após, entramos em contato com Auxislene. Checamos as informações, postamos em nosso site e compartilhamos em nossa fanpage o pedido:

Depois de 31 anos, após deixar Pinhão e se mudar para Tailândia, no Pará, acompanhando seus pais, (já falecidos), Maria Aparecida de Souza e Enoque Bezerra de Souza, a pinhãoense Auxislene Aparecida de Souza está à procura de seus parentes.

Foram mais de 4.100 pessoas alcançadas e, após três dias, ela recebeu o primeiro contato no seu perfil do facebook de um pinhãoense, Leonir Bueno conhecido por Quinho, e este informou que procurou a família por muitos anos, que inclusive andou por muitos anos com uma carta de sua mãe, com endereço de Imperatriz e tentava contatos através desse endereço.

E a partir desse momento começou o contato com a família do lado de seu mãe, que tinha 4 irmãos: Ari,Darci,Joraci e Leoni, apenas a tia Leoni está viva.

No dia 12 de janeiro, recebemos uma mensagem em nosso whatsapp de uma de suas primas (que segundo Auxislene são muitos):

 “Olá, boa tarde, a Auxislene me passou seu contato para que pudéssemos agradecer seu trabalho de divulgação à procura dos desaparecidos da nossa família, a Auxislene é nossa prima e ai se foram 30anos”.

Mas havia uma historia triste que a família ainda não sabia e Auxislene confessou à nossa reportagem que tinha certo receio de como seria a reação dos familiares.

 Sua história

Auxislene Aparecida de Souza,39 anos, separada, mãe do Lucas, Luana e Luan, nascida em Minas Gerais, veio ainda muito pequena para Pinhão com sua mãe, a pinhãoense Maria Aparecida de Souzae seu pai, Enoque Bezerra de Souza e seus irmãos, Jeniffer e Kelmersom nasceram em Pinhão. Estudou na antiga escola municipal presidente Castelo Branco, hoje Escola professora Eroni.

Aos nove anos, com seus pais e irmãos foram morar em Imperatriz, no estado do Maranhão.

Em fevereiro de 1992, numa tragédia em sua família, seu pai, omestre-de-obras, Enoque  Bezerra de Souza, assassinou sua mãe por motivo passional. O crime chegou a ser destaque na imprensa local e o jornalista Daniel Souza escreveu em uma parte da reportagem “Sua atitude, além de violenta e criminosa, é repugnante e monstruosa”. A pós o crime, seu pai fugiu para a cidade de Araguaína, no estado de Tocantinse acabou sendo morto por assaltantes, após um ano do ato que cometeu, e Auxislene passou a viver  com os familiares de seu pai na cidade de Tailândia, no estado do Pará, assim, acabou perdendo o contato com a família pinhãoense.

Auxislene contou a verdade toda aos familiares pinhãoenses e após muita emoção, choros e muita conversa, as coisas foram entrando no eixo. Hoje, faz parte do grupo da família no whatsapp e seu maior desejo é até o final de 2018 vir a Pinhão e resgatar parte de sua história que ficou perdida há mais de 30 anos.

A equipe do Fatos do Iguaçu sente-se feliz por contribuir em parte desta história.

 

 

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