Para entendermos melhor o novo contexto que a ciência da administração esta inserida se torna importante apropriar-se de conceitos apresentados pela filosofia a muitas décadas passadas, pois a ética na filosofia estuda os valores que regem os relacionamentos interpessoais, como as pessoas se posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em harmonia com as demais, para tanto ter ética ou comportamento ético é saber distinguir o mau do bom e o mal do bem.

Dito isso se faz necessário refletir sobre a gestão, que como já afirmado por mim em outras vezes nesta humilde lauda periódica, gerenciar e administrar são atos diferentes porem que se confundem entre si, ou como diria um antigo professor das cadeiras universitárias, “confunde pela simplicidade”. Administrar tem em sua raiz a racionalidade dos recursos disponíveis enquanto a gestão tem o alicerce na condução dos recursos de forma racional e otimizada, por tanto é destaque amigo leitor que ética sem gestão a meu ver não é gestão e sim qualquer outra coisa que se possa aferir conceito, gestão sem ética não é gestão e sim uma forma ineficiente, inócua e desprezível de conduzir os recursos quer seja da empresa, pessoal ou até mesmo da organização pública.

Assim preocupa-me o fato de colocarmos a condução dos recursos nas mãos de pessoas que não fazem a mínima idéia do que é ser ético, sempre oportuno transcrever as palavras de um dos mais importantes pensadores brasileiros Rui Barbosa, que traduz os mais profundos sentimentos quando me deparo diante dos noticiários populares em que se trata da gestão e da administração em e, no nosso país: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

Sim, caro leitor, a gestão sem ética me faz pensar em sucumbir diante da impotência que sinto ao ver que gestores, administradores, empresários e muitas vezes a população em geral pensa que a lei que mais prospera em nossa sociedade e a do “maior proveito”, é a utilização dos recursos em causa própria, é a lei de ”tirar vantagem a qualquer preço” e, por isso defendo que se não tem ética então não precisa ter gestão, alem de que é claro, aquele que se auto-intitula gestor de algum negocio, empresa, órgão publico, ONG ou qualquer tipo de organização que detenha recursos a ser racionalizado, não merece destacar-se nas esferas do pensamento gerencial, isso que fica para outra oportunidade para debatermos aqui em nosso espaço neste matutino panfletário periódico.

Fabrício Ramires Barbosa  – Administrador de empresas –  CRA/RS:22877

Compartilhe

Veja mais