Francisco Carlos Caldas

Já matutamos e escrevemos sobre a arte, beleza e utilidade da música na vida das pessoas. Entre tantas que já mencionamos em reflexão em crônicas dos dias 5/5/2017 e 27/11/2023, tem a música “Epifáfio” dos Titãs.

Garota de Ipanema de Ipanema composta por Antônio Carlos Jobim e letrada por Vinicius de Moraes em 1962, é segundo dizem uma das músicas mais tocadas no mundo, mas este pensante é mais entre outras: “If you need me” do Grupo After All, “Tocando em Frente”, “Assim os Dias Passarão” de Almir Sater, “Epitáfio” dos Titãs, esta última que filha deste  muito indica oitiva.

Este pensante e escriba como não tem nenhum talento para música e poesia, tem que se contentar com escritos, alguns dos quais podem até servir como epitáfio e exéquias.

Temos um combinado com minha neta, que um dia ela para melhor nos conhecer vai ler as nossas crônicas em que esta é a de nº. 731, pequeno legado de peleias, realizações e escritos como este que é muito pouco perto das 12.227 do saudoso professor e colunista da Gazeta do Povo  José Wanderley Dias, que faleceu  no início de julho de 1992.

Já fizemos codicilo  ainda em fase de acabamentos, e por enquanto  não  feito testamento. Também já fizemos vários escritos sobre MORTE, entre outros, em outubro/1992, junho/2003, dezembro/2004, 29//08/2022 e 02/01/2023.  e a forma com que a encaro e fazia conversas com a minha saudosa mãe, foram e são muitos providênciais e úteis para os enfrentamentos de perdas, fenômeno da natureza, e a coisa mais certo de acontecer no ciclo da vida e que como os orientais deveríamos encarar com mais naturalidade e racionalidade.

Tantos artistas, atrizes e atores, pessoas enfim que morreram jovens ou muito     cedo. Pessoas de Pinhão que queríamos bem e que na nossa idiossincrasia partiram muito cedo. Entre outros: Francisco Alexandre Dellê, David Brolini, Jacir Dellê, Darci Brolini, Mário Evaldo Mórski, Joel Neri Martins, Ivonei Oliveira Lima, Jerson Costa Antunes, só para dar uma pequena ideia.
Nos preparativos para recolhimento, limitações auditivas, solidão, dias atrás encontramos numa apostila de um curso que fizemos do Programa Liderar do SEBRAE, um propósito de vida para ser reconhecido aos 80 anos feito  no dia 5/7/2001, e que contém também a assinatura e espécie de testemunho da  professora Eliana Rocha Passos Tavares, e no propósito de vida deste consta: “Um homem de bem, reconhecido pelas virtudes; um pai bem sucedido na formação de filhos; um homem que esteja cumprindo sua missão; uma pessoa coerente; um político íntegro e inimigo implacável de corrupção, um profissional justo; um homem de fé – cristão; um homem lutador e de muita coragem; um homem que priorizou a educação.”

Voltando ao foco da reflexão, e inspirado na música  tocada pelos Titãs; não temos economizado choro nos últimos tempos; temos visto muito o sol nascer e se por; em relação a risco, continuamos arriscando pouco; estamos focado em fazer mais  com menos e meio que  de só fazer o que tiver vontade; esforço para aceitar mais as pessoas como elas são, simplificar mais as coisas, não ficar ao sabor da conjuntura e acaso; trabalhar e se preocupar menos; se importar menos principalmente com problemas pequenos; não querer controlar situações que estejam fora do alcance, e usar a filosofia e otimismo da Palyanna da obra de Elianor H. Porter, que procurava ver o lado bom das coisas.  mesmo das ruins; a flor entre os espinhos; a beleza dos olhos no  lugar da remela ou cisco; e da minha saudosa tia Hipólita de Oliveira Caldas, que diante de problemas, acidentes, tragédias,  via discórdias como “fitas”, e buscava consolo e se conformar com coisas piores que acontecem aqui e acolá, hoje como por exemplos: guerra entre Rússia e Ucrânia, Israel e o Grupo terrorista Hamas; as secas dos rios da Amazônia, queimadas de florestas, e enchentes e vendavais nos Estados da Região Sul;  inferno e drogas da Cracolândia-SP e outros locais e cidades; violências, barbaridades e monstruosidades como a ocorrida dias atrás com a família de um caminhoneiro de Sorriso-MT. Perto disso e comparado, em Pinhão apesar de tantas mazelas, estamos no Céu!

Para encerrar, com ou sem exéquias e epitáfio, “cinzas” de cremados nas raízes de uma árvore frondosa ou até frutíferas é algo interessante de se pensar, e como dizem que  japoneses fazem nos pés de árvores florescentes.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO

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