Humberto Silva Pinho

Por Humberto Pinho da Silva

Quem ler o capítulo de S. Marcos, ao chegar ao versículo 17, encontra a passagem em que Jesus parece condenar a riqueza.

Muitos ao lerem o Novo -Testamento pensam, que Cristo proíbe o capitalismo, reprovando a posse de grandes fortunas, e os homens que as administram, mas ao analisarmos bem o texto, verificamos que o Homem de Nazaré, não condena quem é senhor de muitos bens, mas sim, o mau uso deles.

Como poderia amaldiçoar, se Ele concedeu a Salomão, o sábio rei de Israel, a fortuna imensa, que não pediu:

“Dou-te, alem disso, o que não pediste: riqueza e gloria, de tal modo que não haverá quem te seja semelhante entre os reis, durante toda a tua vida.” – Iº Reis 3:13.

Portanto Jesus não condena a riqueza, mas o mau uso dos bens.

O senhor de muito dinheiro, por vezes, cria vícios condenáveis, pelos homens, e abomináveis por Deus. O dinheiro é, como todos conhecemos mau conselheiro, e costuma escancarar portas à concupiscência ilicita, mormente a vícios e condutas execráveis.

  1. Paulo advertiu Timotio: ” Os que querem ser ricos caem em tentações, e em laços e muita concupiscência louca e nociva, que submergem na perdição e ruína – Iº Tm 6:9.

O apóstolo de Cristo não queria condenar a riqueza, nem quem a possui, mas a forma como ela é administrada.

Na parábola do rico insensato -Lc.12:16- Jesus condena o modo de agir do rico, que acumulou riqueza para seu prazer, em lugar de a pôr ao serviço do próximo – criando, deste modo, emprego e auxiliando os mais desfavorecidos.

O rico insensato só pensava em si: divertir-se, comer, dormir e levar vida solta.

Portanto não é condenável ser rico, possuir muitos bens, mas sim – o que entesoura para seu bem estar (como o avarento, ) e não o emprega na criação de empresas, industrias, e negócios, que permitam, ao povo, viver dignamente do trabalho.

Daqui se conclui: a riqueza, bem administrada, com prudência, é bem precioso, não só para quem a possui, mas igualmente para a comunidade, desde que seja bem gerida e, se pague o salário justo aos colaboradores Tm 5:18.

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