Rev. Sandro

Fala-se muito em democracia, principalmente neste ano de eleição, tanto o judiciário, executivo e legislativo, tem reafirmado a importância da democracia; assim como os candidatos que prometem lutar pela democracia.

Vale a pena lembrar que democracia, em termos práticos, significa que o poder, o governo emana do povo, ou seja, todos os cidadãos têm direito garantido à participação política, escolhendo representantes, bem como, expondo suas opiniões, ajudando na elaboração de leis e projetos que visem o bem comum.

Lembrando que a origem da palavra democracia vem da Grécia antiga, surgiu da junção de demos = povo, e kratos = governo, ou seja, governo do povo. É claro que houve muitas mudanças no que hoje denominamos democracia e ela sofre alterações, dependendo do contexto onde é defendida. A grande questão é, será que a democracia que tanto defendemos e que tanto os representantes defendem é a mesma? Parece que não, pois na prática, muitas decisões são tomadas pelos ditos representantes sem levar em conta o que o cidadão pensa a respeito.

E percebe uma preocupação excessiva com as siglas partidárias, mais até do o povo. Altas verbas para manter um deputado, senador e outros representantes, são votadas contra a vontade do povo. O cidadão não apoia auxilio paletó, não apoia o fundo partidário, e outras coisas mais, e mesmo assim aqueles que estão lá para defender o povo, acabam mais defendendo a si mesmos, seus próprios interesses e a democracia fica apenas no discurso.

No período de pandemia, muitos cidadãos perderam emprego, outros tiveram dificuldades com sua empresa, tiveram que economizar ao máximo para passar por esse período, e os representantes não mexeram em nada nos seus altos salários e verbas.

É triste saber que a visita, a propaganda, as viagens dos candidatos, são bancadas, em parte, pelo dinheiro suado dos impostos, do tal fundo partidário, ninguém em sã consciência pode achar isso correto. A grande verdade é que os ditos representantes vivem em um mundo paralelo, que nada tem a ver com a realidade do povo, eles não sabem o que é crise, nunca precisaram economizar numa refeição, ou ainda, nunca se preocuparam com o preço do combustível, ou do aluguel, pois o povo de forma “democrática” paga as muitas regalias.

Veja bem, não defendo que eles exerçam seu trabalho de graça, mas sim que haja prudência, zelo, levando em conta a realidade do país, tanto nos gastos, como nos salários deles e comissionados. Democraticamente o povo quer uma reforma política, enxugamento da máquina pública, pois não há necessidade de tantos representantes assim, uma reforma tributária que sempre é prometida, mas que caminha a passos de tartaruga, quando caminha.

O nosso Congresso nacional, bem como o Judiciário está entre os mais caros do mundo, os representantes sabem disso, mas não tomam decisões relevantes neste aspecto, para mudar isso.

Diante disso, percebemos que a democracia está em crise sim, precisamos de muito discernimento, clareza, sabedoria na escolha dos próximos representantes, para que eles de fato nos representem. Tenham a clara consciência de que o governo emana do povo e parem de ficam se gabando de obras e mais obras, verbas e mais verbas enviadas, máquinas e carros doados, antes reconheçam que estão cumprindo com suas obrigações, é o mínimo que espera deles, diante das necessidades dos municípios, destinarem investimentos, cuja fonte é o imposto que o povo paga.

É bem verdade o que diz a Escritura Sagrada, “Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os perversos estão no poder, o povo padece” Provérbios 29.2.

Que o Eterno Deus dê sabedoria e discernimento a cada cidadão no exercício de seu direito a escolher os futuros representantes, bem como, boa consciência aos representantes do povo, que de fato defendam a democracia, que se lembrem sempre que o governo emana do povo.

Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana de Pinhão

 

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