Rio Pinhão | Fotos: Naor Coelho/Fatos do Iguaçu

Por Nara Coelho

Segundo o Simepar, Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná, esta é a maior estiagem que o estado está vivendo nos últimos 20 anos. A baixa precipitação já dura dez meses, de junho de 2019 a março desse ano, em todo o Paraná, as chuvas foram escassas e com baixa precipitação.

 BAIXA PRECIPITAÇÃO

Não é que não tenha chovido, nos últimos dez meses, choveu, mas a quantidade foi muito aquém do esperado e necessário para manter os rios com boa vazão e as lavouras e pastagens já sofrem a consequência dessa estiagem.

Entre as consequências da estiagem está a vazão do Rio Iguaçu, nas Cataratas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, está há mais de três meses abaixo da média normal, que é de 1,5 milhão de litros por segundo, a vazão das quedas d’água na manhã de terça-feira, 21 era de 334 mil litros de água por segundo, o que representa 22% do volume considerado dentro da normalidade.

Lembrando que o rio Iguaçu nasce em Curitiba e percorre várias cidades, isso significa que o rio Iguaçu está com um volume de água muito abaixo do normal e que o abastecimento de água de vários municípios paranaenses podem sofrer com a falta de água.

GUARAPUAVA

A estiagem está atingindo todo o Estado, Guarapuava é considerada pelo Simepar a cidade que tem sofrido mais com a estiagem, nos últimos dez meses, choveu apenas 809 milímetros e a expectativa era de 1.533mm. As cidades da região se encontram na mesma situação.

PINHÃO

A estiagem está presente também no municipio de Pinhão, o gerente do entreposto da Coamo do municipio de Pinhão, Mercilo Bertolini, em conversa com a reportagem do Fatos do Iguaçu, apontou que no período dos últimos três meses o índice de precipitação de chuvas foi muito abaixo do normal.

Entre esses três meses a precipitação mínima foi de 3 mm e a máxima de 81 mm em um dia de chuva.

A média anual de chuva na região é de 2.300 mm, o que leva a uma estimativa que mensalmente deveria ser uma média de 190 mm, mas nos últimos meses a média maior foi em março com 96 mm, muito abaixo da expectativa, e abril, até o momento teve 40 mm.

RIO PINHÃO

Situação que fica evidenciada por quem passa pelo rio Pinhão, que está com suas pedras à mostra, possibilitando  em alguns pontos a travessia de uma margem a outra por dentro de seu leito. 

LAVOURA SOFRE

Segundo o Departamento de Economia Rural, Deral, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Seab, a perspectiva é de uma redução no potencial produtivo das lavouras de milho, situação que já está sendo visível nas lavouras de Pinhão e Reserva do Iguaçu, segundo Mercilo, as plantações tardias da soja, de milho e as pastagens já tem mostrado que estão sentindo a falta da água, podendo provocar uma queda na colheita.

PREVISÕES DE CHUVA

 Segundo o Simepar, o outono, infelizmente não trará uma mudança em relação às chuvas. Segundo o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, o outono paranaense caracteriza-se pela grande variabilidade das chuvas, em sua maioria decorrentes da passagem de frentes frias, “Maio costuma ser mais chuvoso em comparação com abril e junho”, afirma.

Porém, a previsão indica que as chuvas seguirão os atuais padrões.  Ao longo do trimestre devem ocorrer os chamados “veranicos”, períodos superiores a dez dias consecutivos sem chuvas. Este cenário para os próximos meses não favorece a recuperação da umidade perdida devido à estiagem dos últimos 45 dias no Paraná, observa o meteorologista.

    

CUIDADOS

A água sempre deve ser  utilizada com cuidado e sem esbanjamento, mas nesse período de estiagem é fundamental maior cuidado ainda com o esbanjamento de água, sem claro deixar de realizar todos os procedimentos indicados de higienização em relação ao coronavirus-covid19.

  

 

 

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