Francisco Carlos Caldas

No dia 17/03/23 por acaso assistimos um vídeo de um resumo da vida de Ângela Diniz (1944-30/121976) e o impasse e feminicídio em 30/12/76 que ela com 32 anos  foi vítima do seu namorado e empresário conhecido  como Doca Street.

Tudo que ocorreu é digno de muitas reflexões.

O fato dela ser muito bonita, ter uma situação privilegiada, ter casado nova e tinha as características de uma mulher com ideias avançadas, que gostava de festas, de se divertir, fazer amizades.

A situação do parágrafo acima, fez com que se separasse do marido um rico empresário de Minas Gerais, e pelas suas ideias entre outras de ser LIVRE, no divórcio, a guarda dos filhos com o pai das crianças, e foi morar no Rio de Janeiro, onde já de início teve um envolvimento com o colunista social Ibraim Sued, e virou socialite e foi apelidada pelo mesmo de a “Pantera de Minas”.

Passado uns tempos, numa visita, uma das filhas se agarrou nela, não queria desgrudar de Ângela, e ele sem autorização do ex-marido levou a filha e foi acusada e processada de sequestro da filha e teve sério perrengue em sua vida por isso.

Depois teve um envolvimento com um empresário casado, e em sua casa, um serviçal seu (guarda/vigilante), foi assassinado pelo seu amante, e para protegê-lo, Ângela inventou que foi ela que o matou para se defender de tentativa de estupro.

Depois desses perrengues, entre outros, se envolveu com o empresário Doca Street,  romance tórrido, em que mesmo era muito ciumento, violento, e Ângela jogou suas malas e colocou  fora  de casa. Depois desse impasse, Doca, que era apaixonado por Ângela a procurou para reconciliação, e após muita insistência ela topou com um condição que o relacionamento fosse livre. E isso o deixou possesso, entra arma de fogo no meio  e ele a matou com 4 tiros, na Praia dos Ossos, em Búzios-RJ,

O processo criminal envolveu grandes criminalistas (Evandro Lins e Silva e Evaristo de Moraes Filho) e muita polêmica. Tese de que matou por amor, legítima defesa da honra e argumentos nessa linhagem, e  defensores da causa Ângela, com tese “Quem ama não mata!”. Num primeiro momento  Doca pegou pena de ano e meio, na prática absolvido, e de recurso ocorrido, foi condenado a 20 anos mas ficou só 5 em cana, e Doca que era tido com bonitão e assediado pela mulherada morreu em  18/12/2020 com 86 anos de idade.

E a bela Ângela Diniz, pagou o preço de ser bonita, rica, de ideias avançadas e que apreciava ser LIVRE – A LIBERDADE. Não confundir ela, com Leila Diniz,  mulher de Ipanema defensora do amor livre e do prazer sexual, e sempre lembrada como símbolo da revolução feminina que rompeu com tabus com suas ideias e atitudes, e que viveu nos anos de 1945 a 1972, e faleceu em um acidente aéreo quando retornava da Austrália e tinha 27 anos de idade.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)

 

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