Finda-se…
O mês de novembro chegou ao final, com certeza foi um mês pesado, com decisões importantes em Brasília, tomadas na calada da noite, e pior ainda, no momento em que o país passava pela dor de uma tragédia. Para completar, cinco juízes do Supremo Tribunal Federal tomam a decisão que praticar o aborto nos três primeiros meses de gestação não é crime, esse ato abre precedentes, não descriminaliza a prática do aborto no Brasil, mas, sem dúvida, é um golpe e forte na lei. É uma questão que com certeza tem que ser abraçada e amplamente discutida e defendida a manutenção da criminalização da prática do aborto por todos que amam e respeitam a vida. Para a felicidade de muitos e desespero de muitos mais, novembro terminou. O problema é que ao se vencer o décimo primeiro mês do calendário, vem o alerta que o final de ano está batendo à porta. Agora a tensão aumenta, de repente o que foi enrolado, empurrado com a barriga precisa ser resolvido. O que foi mal feito precisa ser consertado. Tudo precisa ser terminado, encerrado, arrumado. O problema é que dezembro traz a pressão do tempo a se extinguir e a certeza que ainda há muito a fazer. Para completar, dezembro vem com cheiro de férias e gosto de festa, o que o faz ser um mês conflitoso e deixa muita gente com os nervos à flor da pele. Porque ainda se tem coisas a fazer, mas a vontade é imensa de largar tudo e viver o brilho das luzes de natal. Para completar o cansaço e o desgaste do ano, chegam junto com a urgência, com o desaparecer rapidamente dos dias do calendário e os projetos não estão concluídos, o dinheiro do décimo ainda não foi no todo levantado. As contas ainda não foram todas quitadas e já começaram os amigos secretos, as luzes já enchem as noites de coloridos, já se tem que pensar no traje das festas de fim de ano, e claro, as novas contas vem coladinhas com dezembro. Bem, o apagar das luzes estão aí, mas o importante é que quando dezembro findar, a esperança e a alegria chegam juntinhas e trazem um novo recomeçar.