Por Dominique Acirema S. de Oliveira

Pensei em dedicar umas palavras a um monstro chamado privatização, sim a privatização, até porque quem não quer ter uma Petrobrás para chamar de sua, (ou uma Telebrás, ah José Dirceu).

E falando em telecomunicação, (serviço com qualidade estatal) nos idos anos 80 e 90 a comunicação era restrita a uma parcela muito pequena da sociedade, para aqueles mais abastados e com uma paciência de Jó, poderiam ter uma linha telefônica em casa. Que luxo meus amigos! Que luxo!

Era uma recompensa de aproximadamente uma espera de 3 a 5 anos, isso depois de se cadastrar e pagar algo em torno de 3 a 5 mil reais.

Bom, depois da privatização o acesso se tornou mais facilitado, a concorrência privilegia a sociedade buscando oferecer serviços mais baratos e de melhor qualidade. (até porque o que é de todo mundo não é de ninguém)

Entretanto, não poderia deixar de falar sobre algo relacionado ao aborto, tema esse que mais uma vez ganhou fôlego inflado de uma mídia perversa.

É de ampla divulgação e conhecimento o recém caso do aborto realizado dando cabo em uma vida de mais de 5 meses. Não quero adentrar nos meandros jurídicos, aja vista o “agressor” ser também de menor e inimputável, legalmente descaracterizando o estupro e por consequência a base legal do aborto.

Não pretendo também defender o óbvio (há vida), nem irei quebrar o princípio da proibição das analogias no direito penal “in malan partem”. Mas fazendo uso de outro princípio do direito penal o “indubio pro reo” quero considerar o seguinte: se existe dúvida de uma condenação, diz esse princípio, interpreto em favor do condenado. Ora, se não temos uma conclusão no debate sobre a vida intrauterina ficamos nos planos da possibilidades, de qualquer forma 50% de ser ou não de fato uma vida, concluímos então que, com base nesse último principio citado, não condeno um inocente a morte quando a dúvida. (na verdade um assassinato premeditado com as bençãos do Estado)

Pretendo tecer algumas considerações de caráter mais espiritual, sim, o ser humano é um complexo emaranhado de relações sociais que determinados por movimentos que se dão na alma na vontade e nos instintos e fazem agir no meio que habita.

O que me assusta é a crescente aderência de pessoas a favor de assassinatos intrauterinos e isso me fez pensar: é contemporâneo tal desejo? E tal qual foi meu susto, está lá, escrito: “Não permita que nenhum de seus filhos seja oferecido como sacrifício a Moloque”.

Moloque, era um deus dos amonitas, que era adorado na terra de Canaã. O culto a Moloque ficou conhecido pelo sacrifício de crianças em honra ao ídolo.

Seria sensato dizer que esse deus continua a ser adorado? Seria ousadia relacionar o desejo pelo aborto com alguma forma de culto a esse deus? Bom, como diria Burke: “faço uso da liberdade epistolar, sem me atentar as regras formais”, diria que seria bem provável tal relação.

O materialismo não deu conta de suprir as necessidades humanas, o espírito clama pelo sobrenatural, o deus de Nietzsche morreu, a humanidade recorre o mais baixo da alma, e a antiga promessa da serpente é novamente reavivada: “Sereis como Deus”.

Do telefonema que faço até o aborto realizado, Leviatã sorri, banhado em dinheiro e sangue e a raça humana vai se curvando as suas vontades, com nomes distintos, porém, com o mesmos objetivos. Liberdade sexual, politicamente correto, meu corpo minhas regras, minorias, ressignificação de palavras… e assim vai.

Não há mais como destruir esse ídolo antigo-moderno, ele criou raízes na história, nos reis, nos governos, se apresenta sempre com roupagem diferentes e esconde suas intenções reais: “matar, roubar e destruir”.

 

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