Francisco Carlos Caldas

Na idiossincrasia deste escriba e pensante, é na brincadeira, na arte e no humor que que a alma se revela e que são ditas e escritas muitas verdades das nossas Vidas e da Vida da Nação.

Na nossa contabilidade e vida financeira, fazemos o nosso controle de gastos em 36 itens, um dos quais é o item “besteiras/bobeiras”, e tal é muito catequético e educacional. “Errar é humano, já persistir no erro, é burrice”.

Temos que não é um mal evitar fiados, endividamentos, desperdícios. Mais no passado recebemos rótulos, pechas injustas de ser “radical”, “pão- duro/mão de vaca”, e nunca o fomos e sim apenas ser de princípios e “controlado” em gastos,  e na linha do não gastar mais do que ganha, como um personagem (Gastão Franco) do grande humorista Chico Anysio, de saudosa memória.

Estamos já se preocupando e ajudando na educação financeira de netinha de 5 anos, nesse cenário consumista, de superfluidades e capitalismo selvagem,  e já estamos passando dinheiro para o lanchinho da escola, e daqui a pouco vai ter a mesadinha,  depósitos em poupança para aprender a lidar com isso e fazer economia para adquirir as coisinhas que ela queira ter.

Em outras palavras, cada louco com suas manias e MECANISMOS DE DEFESAS são fundamentais na vida de qualquer ser.

Na obra o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, com João Grilo, Chicó e companhia, entre tantas cenas fantásticas e que este não cansa de assistir várias vezes, tem uma em que a atriz Fernanda Montenegro no papel de Nossa Senhora Aparecida, diz  em defesa de João Grilo que “a esperteza é a coragem dos pobres”, e que João Grilo, merece compadecimento e não ir para o inferno. Mas temos saber se defender, da malandragens, estelionatos, espertezas de sobrevivências dos outros, e da CRISE e INVERSÃO DE VALORES que nós assola, e numa crônica do dia 26/04/2021, até colocamos o posicionamento a respeito,  do Frei Anselmo Fracasso.

O genial Albert Einstein dizia e citamos isso numa fala de formatura do hoje Colégio Mórski na segunda metade da década de 1980; “A pura intelectualidade não basta para diretrizes certas, se essa intelectualidade não traz em seu bojo, a marca liberal de um sentimento bom,  e construtivamente humano”.

Já dizia um outro pensador de nome Neimar de Barros, de vários livros publicados, que “A primeira vez que tu me engares a culpa é sua; a segunda vez a culpa é minha”, e já aí entra  burrice, ingenuidade, falta de MECANISMOS DE DEFESA.

Agora, tudo sem essa de ser otário, trouxa, alegria de malandros, vítima de exploradores dos mais fracos e oprimidos, pois, vivemos num mundo capitalista, do quem pode mais chora menos, do “bobeou, dançou”. E no mundo dos negócios e atividades comuns e humanas, é necessário e salutar  organização, fazer contas e ter o controle das coisas, pois, nessa área quem jogar no time em tela, está ferrado, é com um futuro nada promissor. Trabalhar só para estar ocupado, sem lucros, não é um mal maior que o ócio, pior dos mundos,  mas há que ser evitado, pois, não tem muito sentido.

Caso a  linha de pensamento e ações acima sejam, “bobeiras/besteiras”, faço parte e não tenho nenhum constrangimento em fazer em parte e defender as cores do time “Se Bobeando futebol Clube”.

Para encerrar mais uma reflexão: a neta  deste ser, que já lida e gosta muito de assistir vídeos em celular, dias atrás andou assistindo uns “do Chaves”, e já andou me chamando  de “Chaves” por causa de boina quepe com abas  que andei usando nos dias de frio. E  Chaves, Chiquinha, Kiko, seu Madruga, professor Girafales, Dona Florinda, a Bruxa do 71, seu Barriga, já passaram a fazer parte da nossa Família. E entretimentos como, o do “Auto da Compadecida”, do mexicano “Chaves”, são interessantes, divertidos, e vistos como moderação e de forma reflexiva, na nossa modesta idiossincrasia, podem até ser encarados e enfrentados como  úteis e não bobeiras. E estou me vendo em apuros, porque minha neta, quando me vê quer brincar de “Chaves” e ela é a personagem “Chiquinha”, e ninguém quer ser a Bruxa do 71.

E todos nós precisamos, de arte, brancadeiras e humor, para não morrer de farsas, mentiras, enganações e mesmo de  verdades.

Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista, cidadão e avô. E-mail  [email protected],

 

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