Para que possamos crescer em espírito e verdade, é imprescindível que cultivemos uma vida de oração. Sim, todos sabemos disso desde nossa tenra infância e, por isso mesmo, penso que devemos meditar sobre a nossa vida orante para que, com o auxílio da graça divina, possamos aprofundar nossa compreensão a respeito da importância dessa prática para a lapidação do nosso caráter e fortificação da nossa inteligência.

Sim, da nossa inteligência. Uma oração precisa ser devota e, para tanto, é importante que cultivemos um olhar contemplativo e, para tanto, é necessário que, como nos ensina Sertillanges, procuremos nos consagrar à procura amorosa e abnegada pela verdade.

Para nos consagrar a tal procura (Matheus VI, 33), é fundamental que compreendamos que a vida humana é sempre uma jornada de sacrifícios. Repito: sempre o é.

Toda vez que optamos em dedicar parte dos nossos dias ao estudo e a oração, estamos sacrificando parte do nosso tempo, uma fração das alegrias do dia a dia para nos consagrar a essa atividade edificante. Também é verdade que toda vez que escolhemos nos entregar à bebedeira, aos mexericos e outras coisas similares, lá estamos nós sacrificando partes insubstituíveis da nossa vida para nos consagrar a uma série de atos degradantes.

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Admitamos ou não, lá estamos nós, sempre, sacrificando algo em favor de alguma coisa. Não temos como nos esquivar dessa realidade. Não tem lesco-lesco. Porém, podemos e devemos tratar de forma serena, de uma maneira confiante, reta e ordenada, tudo o que fazemos para que, desse modo, nossa devoção seja voltada para a direção correta, para Aquele que nos fortalece e nos eleva.

Não é exagero dizer que, em grande medida, a reflexão socrática se aproxima da oração cristã. Sócrates, homem de grande piedade e sabedoria, quando esteve diante da morte, mesmo tendo várias oportunidades para livrar-se da pena imposta por seus algozes, não o fez, porque ele não sacrificaria a verdade em favor da preservação de sua vida neste mundo e, por isso, ele entregou-se em sacrifício por aquela que ele consagrou a sua vida: a procura amorosa pela verdade, pela sabedoria.

Séculos após a morte de Sócrates, o Verbo divino se fez carne e, como todos nós sabemos, Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida foi sacrificado no alto do madeiro da cruz e, ao pé do madeiro, lá estava ela, a Virgem Mãe Santíssima que, silente, com seu coração transpassado, contemplou o Bendito Fruto do seu ventre entregando-se em sacrifício e, tendo essa dolorosa imagem em nossa mente, compreendemos com clareza porque ela é o modelo para toda alma que realmente queira ser verdadeiramente devota.

Sim, a Virgem Maria é o excelso exemplo de devoção porque antes de ser Nossa Senhora ela tornou-se senhora de si. E por ser plenamente senhora de si que ela é serva do Altíssimo e, por sacrificar-se à vontade de Deus, ela tornou-se Nossa Senhora.

Enfim, aprendamos com ela, no silêncio dela, a nos sacrificarmos a favor daquilo que retifica e ordena a nossa alma, para sermos mais confiantes e piedosos em nossa maneira de ser.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

https://sites.google.com/view/zanela

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