O famoso jargão “Religião e política não se discute”, só pode ter surgido no meio de políticos corruptos e mal-intencionados e falsos líderes religiosos. É preciso discutir sim, no bom sentido, ambos os temas. Já dizia o príncipe dos pregadores, Charles H. Spurgeon “só os tolos acreditam que religião e política não se discutem, por isso que os ladrões permanecem no poder e os falsos profetas continuam a pregar”. Se o cidadão de bem, permanecer calado diante dos desmandos, dos erros, das péssimas decisões daqueles que são colocados lá para governar nossa nação, esses péssimos lideres continuarão existindo como aquela praga encontrada nas lavouras chamada “buva”.
Precisamos nos posicionar com respeito a decisões judiciais que promovem a injustiça, e afrontam valores como honestidade e justiça. Uma péssima interpretação da constituição que rege nosso país tem levado a péssimas decisões e consequentemente, a péssimos números no que diz respeito a corrupção, a impunidade. É inadmissível defender político bandido só porque pertence a esse ou aquele partido, é uma afronta ao bom senso ficar recorrendo de crimes que já foram provados, isso tudo fica parecendo que ser corrupto, bandido, vale a pena.
Precisamos avaliar e muito bem aqueles que desejam representar o povo, precisamos estar atentos aos ideais partidários que muitas vezes não são colocados para o povo com clareza. Se queremos dar um basta nas decisões cheias de negociatas fraudulentas, se queremos que nossa nação avance, não podemos ser omissos no que se refere a política, a justiça e outros mais. Para o bem do povo, política se discute, para se chegar sempre ao que é melhor, certo e justo para todos. Pois bem, religião também se discute sim, principalmente num contexto em que vivemos, de muitos aproveitadores, de gente que se deixar levar por falsos líderes religiosos, que pregam um evangelho que nada tem a ver com o que a Bíblia diz e o que Jesus ensinou. Um falso evangelho gera uma falsa fé, e uma falsa fé gera desânimo e frustração, pois nada resolve.
É preciso questionar, se as motivações, se as bases de tal igreja ou liderança está alinhada com o que a Bíblia diz. Há muitos enganadores e consequentemente, muita gente se enganando com falsas igrejas, falsas práticas, falsas doutrinas, justamente por “não discutirem a religião”. Crer é também pensar. Chega de péssimos políticos, chega de falsos profetas, chega de corrupção, tanto na esfera política como religiosa, vamos discutir mais, vamos refletir mais, vamos ficar mais atentos com respeito à política e a religião.
Que o Eterno Deus nos dê discernimento, clareza, sabedoria para nos posicionarmos do lado certo, independentemente de partido “x” ou líder religioso ‘y”.
Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana de Pinhão.