Por Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i)
Todo imbecil de carteirinha, quando ouve algo que não se enquadra dentro dos mesquinhos e miseráveis limites de seus esquemas mentais, ao invés de dizer para si que não entendeu, porque não conhece o que está diante das meninas de seus olhos, prefere protestar e dizer, com aquela pose de douto ignorante, que não concorda e blablablá.
Bem, para esse tipo rasteiro de gente, aprender algo novo seria apenas uma forma escolarizada de se reafirma a soberba de sua ignorância inconfessa. Raramente lhes ocorre que a realidade pode ser um pouquinho mais ampla que sua preguiça cognitiva e bem mais complexa que sua desídia moral.
(ii)
A inferioridade da alma torna-se visível a todos os olhos, inclusive aos mais desatentos, quando o sujeito entrega-se sem muita cerimônia ao visceral remorder-se do ressentimento, seja ele invejo ou não.
(iii)
Toda vez que somos brindados com um novíssimo neologismo politicamente correto, engajadíssimo, esse nos é apresentado não com o intento de nos auxiliar na obtenção de uma melhor e mais ampla compreensão da realidade, não mesmo. Essas tranqueiras são criadas com o vil propósito de formatar nosso silêncio interior, intimidar o pronunciamento de nossa fala e, com uma sutiliza sombria, dominar os gestos de nosso corpo e os gritos e suspiros de nossa alma.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.
PALAVRAS E REFLEXÕES CÁUSTICAS
25/05/2017 - 16:50
Autor: Naor Coelho