Rev. Sandro

Antes de fazer um prejulgamento, devido ao título, considere o teor deste artigo. É verdade que nem tudo o que se considera “frescura” é de fato frescura. Por exemplo, a depressão não é frescura, o bullyng, não é frescura, enfim a lista é grande. Mas o meu propósito é pensar aqui naquilo que é frescura sim, e entenda-se por frescura exaltar problemas que não são problemas, reclamar sem motivo, besteira, chatice.

Em outras palavras, transformar uma gota de água em uma tempestade, se chatear por nada. Infelizmente essa tal de “frescura” está presente em todas as esferas, o famoso “mimimi”. É interessante observar que muito dessa frescura se dá, devido a certos valores e princípios observados por nossos pais que hoje são considerados retrógados, um atraso para o desenvolvimento do ser humano (segundo algumas ideologias furadas e sem nexo).

Não pode corrigir, ou disciplinar uma criança, ou ainda falar não para ela; não pode induzir ela comer o que ela não quer comer, ela tem que ser o que ela quiser ser – isso sim é um atraso, o caos. Se a criança não for ensinada, ela não vai gostar de salada, se não for ensinada, ela não vai gostar de frutas.

O que não pode, são os exageros, a gritaria, mas eu como pai, de vez em quando, preciso falar mais firme com meus filhos, preciso educa-los inclusive na alimentação, na forma como se deve tratar os mais velhos, os colegas, professores enfim, os pais sabem do que estou falando. Eu como pai preciso dizer muitas vezes um NÃO maiúsculo para meus filhos, pois eles são imaturos, precisam ser ensinados a cada dia, sobre o que é certo e o que não é certo.

Certamente isso não os tornará crianças traumatizadas, pelo contrário, eles vão crescer sendo pessoas de bem, as vezes vão falhar, pois não são perfeitos, mas quando isso acontecer, serão aconselhados, e por amor a eles, vou sim corrigi-los, pois não quero ver meus filhos sendo levados por más influências, que em nada contribuirão para a vida deles.

Não sou perfeito, mas que Deus me livre de ser um pai cheio de “frescura”, que se o filho desejar passar a infância inteira comendo bolacha recheada no café, no almoço e na janta, eu vou achar lindo; que se o filho não gosta de estudar, tudo bem; que se ele for mal-educado, tem que respeitar, pois é o seu temperamento – não tenho paciência com esse tipo de coisa. Isso não significa que, os pais devem ser “grossos” com os filhos, antes devem ser sensatos e realistas, perceber de fato se o que ele está fazendo é “frescura”, ou não.

É necessário ter discernimento, sabedoria, é necessário ouvir o professor sem preconceito, quando tem uma reclamação do filho (tem pais que parecem “tapados” e não conseguem enxergar os erros de seus filhos, somente dos outros). Na Bíblia temos muitas orientações com respeito a educação dos filhos, em Provérbios 29.15 nos diz “uma criança entregue a si mesma será uma vergonha para sua mãe”(que verdade essa); mas em Provérbios 22.6 nos diz “ensina a criança no caminho que se deve andar e quando for grande, não se desviará dele”.

Vamos ser pais “sem frescura”, ensinando nossos filhos “sem frescura”. Os filhos são presentes de Deus, e ser pai e mãe, ao mesmo tempo que é um privilégio é um grande desafio e isso por toda a vida. Precisamos orar pelos nossos filhos e precisamos orar por nós mesmos, para sermos pais que marquem positivamente a vida dos filhos e que deixemos um legado que valha a pena.

Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana do Pinhão.  

 

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