Redação Fatos do Iguaçu com a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pinhão/PR

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A disputa em torno da Fazenda Rodeio, em  Reserva do Iguaçu, tem mobilizado autoridades, instituições e a comunidade local. O caso envolve 65 famílias que ocupam a área pertencente ao espólio de Firmino Martins Araújo, cuja reintegração de posse foi decretada pela justiça. A situação está sendo acompanhada de perto pela 1ª Promotoria de Justiça de Pinhão, sob a liderança do promotor João Luiz Marques Filho, que respondeu a questionamentos da TV Fatos sobre o andamento do processo.

De acordo com o Ministério Público, o processo de reintegração de posse está em fase de cumprimento de sentença na Vara Cível de Pinhão. As famílias afetadas são integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e a realocação das mesmas está sendo discutida em conjunto com o município de Reserva do Iguaçu. Uma Comissão Especial foi criada para acompanhar a reintegração, garantindo que os direitos dos moradores sejam observados durante todo o processo.

A mediação entre as partes continua a ser um foco central, com a participação da Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná e de instituições como a Defensoria Pública e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Essas entidades buscam soluções para minimizar os impactos sociais da desocupação das terras.

Quanto à investigação de possíveis violações de direitos durante a desocupação, o Ministério Público instaurou um Procedimento Investigatório Criminal em colaboração com o GAECO de Guarapuava. Essa investigação está sendo conduzida sob sigilo, devido à natureza delicada dos fatos apurados.

No que se refere ao futuro das famílias após a reintegração, o promotor João Luiz destacou que a responsabilidade pelo acesso à moradia, alimentação e saúde cabe ao Poder Público, com o Ministério Público acompanhando o cumprimento desses direitos.

O INCRA, atuando como terceiro interessado no processo, participa da discussão de alternativas para o reassentamento das famílias, que ainda estão sendo analisadas nos autos judiciais.

O caso da Fazenda Rodeio reflete a complexidade dos conflitos fundiários no Brasil, envolvendo interesses privados, direitos humanos e o papel do Estado em mediar soluções justas e inclusivas para as partes envolvidas.

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