O julgamento acontecerá na segunda-feira, 8 de fevereiro
Redação Fatos do Iguaçu
Marcos Adão Caldas, de 35 anos, estará na cadeira dos réus às 9 horas do dia 8 de fevereiro, acusado pelo assassinato de Elaine Cristina de Oliveira Machado, devido ela ter decidido terminar o relacionamento com ele, configurando feminicídio, por ter tentado ocultar e destruir o corpo da vítima e por danos a bens de terceiros.
Marcos Caldas está preso desde que foi encontrado pela polícia civil em Guarapuava, mas não assume a autoria do crime.
O RELACIONAMENTO
Segundo o que está nos autos do processo, Marcos e Elaine tinham um relacionamento há um ano, mas, descrito pelos depoimentos, como um relacionamento conturbado, permeado de violencia e ameaças.
A mãe de Elaine, Marlene de Oliveira Machado, declarou que a filha tinha muito medo do Marcos, pois este ameaçava seus pais, sua filha e ela. “mãe você pensa que eu amo ele, mas eu tenho nojo dele porque ele é um lixo para mim, ele me bateu, deu tapa na cara, ele me ameaça, eu não quero mais ele, eu vou com ele porque ele ameaça meus filhos, ameaça você e eu prefiro eu morrer do que colocar vocês em perigo”. Que naqueles dias ela dissera que terminaria tudo com o Marcos e iria para Santa Catarina.
OS FATOS
Pelo relato nos autos das testemunhas, no dia 4 de julho de 2019 Elaine pediu o carro do pai João Maria Machado, um gol branco, para ir arrumar os cabelos de uma cliente, pois Elaine trabalhava com cabelos e maquiagens.
Como já era tarde e a moça não havia voltado, tinha parado de responder as mensagens no celular, a sua mãe ligou para a cliente e essa informou que ela já tinha estado lá e disse que ia até a lanchonete Cachorrão, fazer um lanche.
O pai da vítima foi até a delegacia fazer a denúncia do desaparecimento, mas foi informado que a denúncia só poderia ser feita após 24 horas do desaparecimento.
MARCOS CALDAS PROCUROU FAMILIARES
Na manhã de sexta-feira, 5 de julho, Marcos foi até a casa de uma tia na comunidade dos Silvérios, procurando por um primo para solicitar gasolina a esse.
Marcos estava com a vítima no banco da frente do carro, virada de costas, ela já estava morta. Ele colocou gasolina no carro e saiu.
Um tempo depois ele estava numa encruzilhada e solicitou carona aos mesmos parentes que estavam vindo para a sede do município.
No dia 7, domingo, a polícia militar recebeu a denúncia pelas pessoas que viram Elaine morta dentro do carro. Nos autos consta que as pessoas demoraram a fazer a denúncia por terem sido ameaçados por Marcos.
O CRIME
Pela descrição dos legistas, Elaine morreu por asfixia química e depois Marcos a levou no carro de seu pai até uma encruzilhada na comunidade dos Silvérios e na tentativa de ocultar e destruir o corpo da vítima ateou fogo no carro e no corpo da vítima.
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