Foto: Reprodução Facebook

Redação Fatos do Iguaçu com site BEM PARANÁ

O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de liberdade para Luis Felipe Santos Manvailer, acusado de agredir e matar a esposa, Tatiane Spitzner, em julho de 2018, em Guarapuava. A defesa de Manvailer usou a pandemia de coronavírus para justificar a liminar de Habeas Corpus. Na decisão, desta segunda-feira, 3 de agosto, o ministro afirma que não vislumbra “ao menos neste instante, a presença de pressuposto autorizativo da concessão da tutela de urgência pretendida”. 

Ribeiro Dantas também destacou, sobre a pandemia, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), não chancelou o apelo do ministro Marco Aurélio para que os juízes atendessem a pleitos como esse. Em vez disso, sete ministros — Edson Fachin, Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, e Dias Toffoli e Gilmar Mendes — acompanharam a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, que destacou que para evitar a disseminação do novo coronavírus nas prisões, o Conselho Nacional de Justiça recomendou a análise de situações de risco caso a caso.

Júri
Dois anos após o feminicídio de Tatiane Spitzner, a família espera pelo júri popular, cuja data está prestes a ser marcada. Aos 29 anos, a advogada foi morta por esganadura e jogada do prédio onde morava em Guarapuava. Imagens de câmeras de segurança mostram o marido, Luis Felipe Manvailer, arrastando seu corpo da calçada para dentro do apartamento, limpando o sangue do local e depois fugindo, com outra roupa.

Nas investigações, ficou apurado que em nenhum momento ele chamou por socorro nem tentou avisar a família de Tatiane. A defesa alega que ela teria se suicidado, mas laudos do IML apontam que ela foi morta dentro de sua casa e seu corpo foi jogado pela sacada onde vivia o casal.

Manvailer irá a júri popular acusado de homicídio qualificado por asfixia, meio cruel (evidenciado pelas repetidas agressões filmadas) e feminicídio, além de responder por fraude processual, uma vez que tentou apagar vestígios de sangue e moveu o corpo do local. O acusado está preso preventivamente desde 2018, quando foi detido enquanto fugia em direção ao Paraguai.

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