Comunidade ficou conhecendo os projetos que as crianças e adolescentes participam e o que produzem nas oficinas
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/Peti realizou, na quinta-feira, dia 9 de junho, a sua I Mostra Cultural para que os pais e a comunidade conhecessem os projetos que as crianças e adolescentes participam e o que produzem nas oficinas.
A coordenadora, Raquel Correa, informou que a entidade visa prestar um serviço para crianças e adolescentes. “Buscamos a proteção, o desenvolvimento e o fortalecimento dos vínculos familiares e sociais. Também assegurar espaços de referência para o convívio grupal, comunitário e social e nas relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo. E possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural e estimular o desenvolvimento de potencialidades, habilidades, talentos e propiciar sua formação cidadã”.
Ela contou que o empenho dos alunos foi grande, mas que percebeu que um dos destaques foi o garoto Josielton dos Santos Maia. “Ele participa de todas as oficinas que oferecemos e estava em dúvidas na qual iria se apresentar, foi quando o oficineiro Marco Antônio Ferreira o escalou para interpretar o palhaço Farinha. Foi uma grande revelação para todos nós”.
TRABALHO INFANTIL
Primeiramente foi realizado uma palestra com a psicóloga Jully Danubia de Oliveira e com a assistente social Barbara Pilatti, ambas colaboradoras do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), sobre o combate ao trabalho infantil. Um dos problemas sociais existentes no país, onde mais de cinco milhões de jovens entre cinco e 17 anos de idade trabalham, apesar da lei estabelecer 16 anos como a idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho e 14 para trabalhar na condição de aprendiz.
Estas crianças e adolescentes estão asseguradas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, documento que lista o conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente. “A comunidade ainda acredita que o melhor para um adolescente é que esteja trabalhando como era antigamente e não perambulando pelas ruas. Eles podem sim trabalhar desde que continuem frequentando a escola, na condição de menor aprendiz, com direitos garantidos e em ambientes que não prejudiquem sua saúde e seu desenvolvimento físico”, salientou a psicóloga.
CULTURA
Em seguida, através de um túnel construído pelos alunos, os convidados mergulharam em um universo de cultura através da dança, da música, dos jogos e do teatro. Alunos do Grupo de Dança Integração, coordenados pelos oficineiros Jean José Soares e João Daniel Moraes, apresentaram a dança gauchesca Baile da Serra, que foi classificada na etapa regional e que lhes carimbou o passaporte para a final da Mostra Paranaense de Dança, que será realizada em Curitiba, de 1º a 3 de julho, no Teatro Guaíra. “A dança melhora o físico e nos ensina o trabalho em equipe, pois todos os dançarinos devem estar em sintonia para que possamos exibir um belo espetáculo”.
Os oficineiros Marco Antônio Ferreira e Lenice do Carmo Silva estão a frente da Oficina de Teatro e contaram que o objetivo deste projeto é desenvolver a postura, a oratória e superar a timidez. Marco Antônio Ferreira e o aluno Josielton dos Santos Maia, o palhaço Farinha, apresentaram uma peça.
Na Oficina de Música, comandada pelos instrutores Murilo Lima e Pedro Juraci dos Santos, o destaque foi o aluno Jaisson de Oliveira, que cantou As Andorinhas, que teve o acompanhamento no violão da aluna Aline Poliana Nafalski. Foram muito aplaudidos e com direito a ‘bis’. E a violonista não deixou por menos, proporcionando um show de talento ao interpretar a música Mercedita.
João Paulo Pereira, oficineiro de jogos de tabuleiro, explicou, que em especial o xadrez, tem o objetivo de aguçar o raciocínio das crianças, pois depende de uma análise para que o jogador cumpra a sua meta que é vencer o adversário, independente do tempo necessário.
APRENDIZADO
As alunas Aline Poliana Nafalski e Damiane Aparecida Camargo, que participam das oficinas de Dança e Música, falaram com entusiasmo dos preparativo para este dia, que, para elas, foram verdadeiras aulas de aprendizado, pois tinham a missão de se prepararem cada um em sua categoria e auxiliar os demais para que e tudo estivesse perfeito na data marcada. “Participar deste projeto é muito bom. Dedicamos um tempo para que pudéssemos nos preparar e apresentar o nosso melhor. A dança é um oficina muito especial, principalmente, depois que nos apresentamos em Pato Branco e conquistamos uma vaga para a final”, contou Damiane.
Com seu inseparável violão, instrumento que aprendeu a tocar depois que foi inserida no projeto, ela fala de convivência com os colegas. “Aqui tudo é muito bom, aprendemos muito desde a convivência com os demais. Também faço parte do grupo de dança e para esta Mostra preferi a música, que falou mais alto”, confessou.
A senhora Evangelina Brusamarela é responsável pela afilhada Milena Gabriele de Paula. Segundo ela, o projeto é muito bom. “Achei muito bom poder conhecer os trabalhos que eles estão realizando aqui. Foi uma tarde muito boa”, finalizou.
FOTOS: Gisele de Pádua/Fatos do Iguaçu