O que o mundo temia aconteceu, a guerra entre a Rússia e Ucrânia. O que até então era apenas uma guerra de palavras, declarações afiadas de ambos os lados e de aliados de ambos os lados, chegou agora a um conflito armado. Agora não são somente palavras, mas armas de verdade, canhões, mísseis e tudo mais. Vale ressaltar que essa guerra não começou agora, mas muito antes, através de posturas e declarações, de ambos os lados.
O que precisa ser levado em consideração, é que a guerra de palavras, é uma guerra também, que gera reações e atitudes que nem sempre promovem a paz. Trazendo para nosso dia a dia, precisamos pensar sobre nossas palavras também, pois via de regra, somos tentados a fazer declarações que podem causar sérios danos. Quantos conflitos, quantas confusões, intrigas, guerras conjugais, começam através de palavras.
Há crises no trabalho, que começam por causa da guerra de palavras. Há crises familiares, que começam devido a guerra de palavras. Quantas situações poderiam terminar num acordo de paz, mas se transformam em grandes confusões devido a palavras malditas. A Bíblia já alerta para o cuidado que devemos ter com nossas palavras, inclusive chega a afirmar que se alguém consegue controlar a língua – é uma pessoa perfeita (Tiago 3.2), ainda afirma: Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! (Tiago 3.5).
Quantas belas palavras foram ditas na história que marcaram o mundo, provocaram mudanças positivas, pacificaram nações. Por outro lado, quantas palavras ditas na história, que provocaram histerias, massacres, destruição e caos. Da mesma boca saem palavras bonitas e abençoadoras, mas também saem palavras destrutivas, que nada edificam. Para resolver essa guerra de palavras, precisamos reconhecer que não somos perfeitos, que precisamos melhorar a cada dia, mas também precisamos cuidar daquilo que está no nosso coração e mente, pois o próprio Jesus afirmou que a boca fala do que o coração está cheio (Mateus 12.34).
Palavras feias, destrutivas, não são ditas simplesmente da boca para fora, antes brotam do coração. Precisamos de discernimento, sabedoria, domínio próprio, para nos calarmos no momento certo e falarmos o que é certo, de forma certa, no momento certo. Para tanto, precisamos da ajuda do Alto, para que nossas palavras não causem guerra e sim paz, que não promovam conflitos e sim benção, alegria, perdão e tudo de bom.
Rev Sandro – pastor da Igreja Presbiteriana de Pinhão
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