golpes na internet

Especialista em direito digital alerta sobre os cuidados no ambiente virtual

Redação Fatos do Iguaçu

O isolamento social imposto pela pandemia provocou o aumento nas compras e transações online, uma mudança de hábito que exige muita atenção, principalmente em relação às propagandas enganosas, boletos falsos e até réplicas de sites de lojas famosas.

Uma pesquisa inédita realizada pelo Serasa e o Instituto Locomotiva revela que mais de 60 milhões de brasileiros já sofreram algum tipo de fraude financeira na internet.

De acordo com o advogado especialista em Direito Digital, Francisco Gomes Júnior, muitos truques são utilizados pelos golpistas para enganar os consumidores. “Um ponto a se destacar é que muitas pessoas que sofrem golpes não tomam nenhuma providência e ficam no prejuízo, achando que denunciar não dá resultados” afirma.

A pesquisa também informa que só 35% das pessoas que foram vítimas de fraude conseguem recuperar o valor.

Segundo o especialista, os golpes eletrônicos mais comuns incluem pedidos de doação para falsas instituições, ofertas com preços muito baixos, QR Codes falsos e promoções gratuitas por aplicativos de mensagens. “É muito importante estar atento a todos os detalhes. Nossos dados têm cada vez um valor maior no mercado”, alerta.

WhatsApp

Por ser o mais popular dos aplicativos de mensagens, o WatatsApp é muito usado em transações e se torna um dos alvos preferidos. Desconfie sempre de mensagens de amigos pedindo dinheiro emprestado, promoções de lojas, restaurantes, hotéis e sorteios. A melhor maneira de se proteger é ativar a confirmação em duas etapas nas configurações do aplicativo. O app vai pedir para criar um código de seis dígitos e inserir um endereço de e-mail. Depois, é só seguir as instruções e confirmar.

Doação

Golpe muito comum que usa a foto de um doente, uma história comovente e o pedido de doação para uma conta bancária.

“Cuidado, boa parte dessas doações não são para salvar ninguém, mas sim para bolsos de golpistas. Tente checar a história de várias maneiras: pesquise sites e publicações, busque por notícias e verifique se existem denúncias anteriores antes de realizar qualquer doação”, explica o especialista.

Preços baixos

Outro golpe comum são as ofertas com preços muito abaixo do normal. “Desconfie se um produto é vendido por metade ou muito abaixo do preço de mercado. Na grande maioria das vezes você não receberá nenhum produto e o anúncio teve como objetivo roubar os dados do seu cartão de crédito e alguns dados pessoais como RG, CPF e endereço. Pesquise antes de comprar se o vendedor é confiável ou se já tem queixas contra ele”, complementa doutor Francisco.

QR Codes

Cuidado também ao clicar em QR Codes desconhecidos ou suspeitos. “Em vários eventos e shows onde foram pedidas doações para entidades sérias, colocou-se um QR Code fake cobrindo o QR Code autêntico, o que leva a transferências de valores para contas de golpistas”, alerta.

Promoções gratuitas

Muita cautela com promoções do tipo “clique aqui, preencha o formulário e ganhe”. “Existe um ditado que diz, se algo é de graça, o produto é você, ou seja, se existe uma promessa para que você ganhe algo sem nada em troca, o que querem são seus dados pessoais”, frisa o advogado. E o que fazem com seus dados pessoais? Podem fazer compras online, cadastrar um celular em seu nome e usar para crimes, fazer um crediário, montar perfis nas redes sociais, etc. Fique atento porque perder os dados hoje em dia pode te dar muita dor de cabeça.

“Antigamente, quando as pessoas tinham os documentos roubados, era necessário ir até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência e lidar com os golpes em bancos, cheques roubados, etc. Hoje em dia, bastam os dados pessoais para que golpes sejam praticados digitalmente, sem nenhum contato com a vítima. Portanto, todo cuidado é pouco, fique sempre alerta! ”, finaliza.

Com Assessoria

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