O  secretário de Meio Ambiente Urbanização e Habitação, Valter Israel da Silva fazendo o lançamento do vale feira na feirinha do produtor  | Foto: Assessoria de Imprensa/PMP

“Queremos estimular a separação do lixo e devolver 100% da taxa  transformada em uma moeda chamada Bufunfa” Valter

Por Nara Coelho

O secretário de Meio Ambiente Urbanização e Habitação, Valter Israel da Silva, em entrevista ao Fatos do Iguaçu, disse que a questão ambiental passa por várias vertentes e uma delas é a separação do lixo e para isso é preciso conscientizar e estimular a população a assumir essa tarefa.

SEPARAÇÃO DO LIXO

As famílias precisam fazer a separação em três grupos – o que é reciclável, ou seja, papel, vidro, metal, plástico, caixa de papelão, devem ser colocados em um saco de ráfia. O rejeito – papel higiênico, que não tem nenhuma forma de reuso, em sacolas de mercado ou num saco de lixo preto. O material orgânico – restos de comida, casca de fruta e similares, em saco de lixo transparente. “Nossa proposta é três separações, que simplificarão e qualificarão o trabalho com o lixo, pois, quando eles chegam ao aterro, fica simples e ágil. O reciclável vai para a triagem que os catadores farão para depois levar à venda de cada produto, que na realidade são em torno de 30 tipos. O rejeito vai imediatamente para a vala e o orgânico vai passar por um processo de compostagem e vai virar adubo”, explicou o secretário

VALE FEIRA

Para estimular os pinhãoenses a fazer a separação do lixo e também  as pessoas irem à Feira do Produtor, foi criado o Vale Feira.

“O vale feira é um incentivo para as pessoas separarem o lixo em casa, pois toda a triagem do aterro e a parceria com a Associação de Catadores, bem como a qualidade do trabalho que a associação vai fazer, dependem muito da participação das famílias, no sentido de separar o lixo em casa”, disse Valter

A insalubridade das famílias que trabalham com a separação do lixo e longevidade do aterro está ligada à separação do lixo que as famílias fazem. “Quando o lixo vem todo misturado, orgânico e o que pode ser reciclado e até com lixo, por exemplo, de defensivos agrotóxicos, estamos expondo os catadores a riscos de saúde. O reciclado perde valor e até mesmo mercado quando vem mistura, porque ele fica sujo, deteriora. E até o aproveitamento das valas do aterro, se lá forem realmente só rejeitos, terão uma duração muito maior do que se for misturado plásticos, vidros, etc. Assim, a participação efetiva das famílias na separação do lixo em suas residências é fundamental para que toda a rede de separação do lixo funcione e o próprio aterro”, destacou.

BUFUNFA

As famílias pagam uma ou duas unidades fiscal municipal, (UFM) de taxa de lixo de acordo com o número de vezes que o lixo é recolhido por semana na residência, que hoje está em  R$ 6,12. “A ideia é estimular a separação e devolver 100% da taxa do lixo em forma de Vale Feira, este está sendo transformado em uma moeda chamada Bufunfa”, explicou Valter

A Bufunfa, segundo o secretário só poderá ser utilizada na feira. “As pessoas que aderirem ao programa, estiverem em dia com a taxa do lixo e fizerem a separação, receberão uma ou duas Bufunfas por mês, conforme o valor da taxa, que hoje vai dar em torno de R$10,80, para quem o lixo é coletado duas vezes por semana, lembrando que ela só poderá ser utilizada na feira do produtor”.

ADESÂO AO PROGRAMA

Quem desejar aderir ao programa Vale Feira, deverá dirigir-se ao Departamento de Meio Ambiente, na sala que fica no subsolo do prédio da prefeitura, em horário comercial. “A pessoa vai assinar um termo de adesão, assumindo o compromisso de fazer a separação do lixo nessas três categorias que já colocamos. E assim também poderemos tirar as dúvidas das pessoas, o programa não é imposto, é por adesão”, ressaltou o secretário.

Se a população de fato aderir ao programa, os resultados irão além da separação do lixo. “Se as pessoas aderirem, vamos ter um enorme impacto na Associação de Catadores, melhorando assim o padrão de vida daquelas pessoas. Haverá um impacto positivo na feira do produtor, impulsionando as vendas, na própria saúde das pessoas, que estarão se alimentando melhor. Com esse programa, podemos chegar a injetar até 600 mil reais por ano no comércio com esse sistema de devolução da taxa de lixo, para isso as pessoas só precisam aderir e separar o lixo”, finalizou o secretário.

O programa já está em funcionamento, quem realizar a adesão em janeiro, em fevereiro já poderá pegar a Bufunfa.

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