
Lindair Fabrício Couto, moradora da localidade de Bom Retiro, em Zattarlândia, assina o contrato do Programa Minha Casa, Minha Vida Rural, sob o olhar do esposo Valdivino José Nunes | Foto: Nara Coelho/Fatos do Iguaçu
Redação Portal Fatos do Iguaçu
Na manhã desta quarta-feira, 26 de março, o Sindicato Rural de Pinhão foi palco de um momento marcante para a agricultura familiar do município: a assinatura dos contratos para a construção de 26 casas do programa Minha Casa, Minha Vida Rural. As residências, com 70 metros quadrados, serão erguidas em diferentes comunidades do interior do município. Cada unidade conta com investimento de R$ 75 mil, com contrapartida simbólica de R$ 750,00 por parte dos beneficiários, equivalente a 1% do valor total.
A conquista é fruto de uma ampla articulação entre entidades e órgãos públicos, envolvendo a COOPERHAF (Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares), a FETRAF/PR (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Pinhão, a Caixa Econômica Federal, o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, e os próprios beneficiários.
Durante a solenidade, diversas lideranças participaram da composição da mesa e manifestaram-se sobre a importância do momento. Entre eles estavam os vereadores Romário Varella e Edson Francesconi (PT), a representante da COOPAFAPI Neuzélia Ferreira Kunciler, o presidente da COOPERHAF Ari José Pertuzatti e Luciana de Fátima Alonso, da direção executiva da FETRAF/PR. Também estiveram presentes representantes da Caixa Econômica Federal.
Em sua fala, João Francisco de Lima, o Kiko, liderança sindical e um dos coordenadores do projeto, celebrou a retomada do programa após sete anos sem iniciativas de habitação rural. Ele destacou o trabalho coletivo e o empenho de todos os envolvidos para viabilizar o projeto, que inicialmente recebeu 47 pedidos e, após triagens e substituições, chegou às 26 famílias contempladas.
Para Ari José Pertuzatti, presidente da COOPERHAF, a assinatura dos contratos marca não apenas a conquista de um direito fundamental, mas a retomada de um programa nacional essencial para garantir dignidade no campo. “Morar bem faz parte da dignidade humana”, afirmou, ressaltando que as residências representam segurança, conforto e qualidade de vida para os agricultores.
Luciana de Fátima Alonso, representando a FETRAF/PR, enfatizou a importância da habitação para a permanência dos jovens e das famílias no campo, bem como para a produção de alimentos e a sucessão rural. “Esse é um dos maiores grupos contemplados no Paraná, e precisamos continuar sonhando e lutando para que mais famílias também tenham acesso a uma moradia digna”, disse.
A beneficiária Lindair Fabrício Couto, moradora da localidade de Bom Retiro, em Zattarlândia, foi uma das entrevistadas pelo Portal Fatos do Iguaçu. Emocionada, ela falou sobre a realização do sonho da casa própria: “É uma satisfação grande. Lutamos muito tempo por uma moradia de melhor qualidade e agora, com essa casa de alvenaria, teremos mais conforto e dignidade para nossa família.”
As casas serão construídas pelo sistema de autoconstrução, com assistência técnica da COOPERHAF. Os beneficiários devem seguir o projeto previamente aprovado, conforme as normas do programa federal e da Caixa Econômica Federal.
O evento foi encerrado com o início das assinaturas dos contratos e com a certeza de que mais um passo foi dado rumo a uma vida com mais dignidade para dezenas de famílias do campo pinhãoense.