Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Atos e fatos bons ou ruins, são fontes de inspirações para escritos, obras literárias, arte,  canções. Tragédias, desilusões inclusive amorosas, geram até pérolas,  que vão do  “Menino da Porteira” ao “Fio de Cabelo”, “Dama de vermelho”, e válido “o  quando a vinda dá um limão, fazer uma limonada”.

         Ainda que com dificuldades, limitações,  gostamos de escrever com base em fatos e atos do cotidiano e principalmente de fazer crônicas, em que entre outros cronistas destacamos: falecido professor José Wanderlei Dias, que deixou 10.227 crônicas, Machado de Assis, Clarice Lispector, Nelson Rodrigues, Carlos D. de Andrade, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles.

        Temos muitos escritos, alguns interessantes de causas jurídicas e embates políticos; um esboço até 28/11/1989, sobre “Meu Município”.  E até há uns desabafos, preventivos de estresses, enfarte e atritos.  

       Esta é a nossa crônica de nº. 558, e poesia não levamos muito jeito, e só fizemos 3 na década de 1980: “Pinhãoense e Gaúcho de Verdade”, “Protestos do Curupira” e o “Gatinho Amarelinho”, está última datada de  22/02/1985  e abaixo transcrita:         

Não gosto de animaizinhos em casa,

Não sei se por mede de apego ou mania,

Chega as perdas e separações de pessoas estimadas,

Que a morte e circunstâncias, nos retiram da companhia.

Há alguns meses atrás, um gata mourisca,

Escolheu a nossa casa para criar,

Quatro lindos gatinhos nasceram,

E mais quatro seres vivos passaram a nossa casa habitar.

A Helen e o Felipe tão logo os conheceram,

Deles passaram a ser amigos “número um”,

Garra e desgarra cá, corre-corre e miado para lá;

Incomodaram-nos bastante, mas não damos nenhum.

Hoje, vinte e cinco de fevereiro de oitenta e cinco,

Mais um incidente triste na minha vida aconteceu,

Ao colocar o carro na garagem,

Um dos gatinhos, que era amarelo, debaixo de uma das rodas pereceu.

Pelo apego das crianças aos gatinhos,

Muito triste no crepúsculo da tarde eu fiquei,

Eu que amo à natureza e tudo que tem vida,

Mais uma vida com meu carro eu tirei.

Na hora de arrumar os três gatinhos, no canto de dormir,

O Felipe que nada viu, vacilante achou falta no “amarelinho”,

Eu, à meia noite, preocupado e triste encerro estas linhas,

Pensando na reação das crianças, diante do sumiço do gatinho”.

      A gente também precisa de poesia, e artes, para não sofrer e morrer envolto só de realidades e verdades reais, muitas delas tristes e cruéis.

     Procriações desenfreadas de gente nos inspiraram a fazer o projeto que resultou na Lei Municipal nº. 920/1998; de cães gatos,  a poesia acima, e o projeto que resultou na Lei Municipal 1.891/14, de 11/12/2014. Regularização documental de lotes em Pinhão, não por equipe multidisciplinar e com lambanças e desperdícios, nos inspiraram em março/2013, a fazer o projeto 4/13 de 28/03/2013, que resultou na Lei nº. 1.796/2013 de 10/06/2013.

      Francisco Carlos Caldas, advogado,  municipalista e cidadão.      E-mail “advogadofrancal@yahoo.com.br”.

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