Certa feita, na minha porca juventude, um amigo havia me dito que homem que é homem tem que ter um vício. Um vício. Um conselho um tanto estrambólico, mas ele tem sua razão de ser.
Sim, não há dúvida alguma que devemos procurar viver uma vida virtuosa, porém, como todos nós muito bem sabemos, somos o que somos: uma tranqueira só que ama parecer “o bom-moço da paróquia”.
Por isso, segundo o conselho do meu velho amigo, é bom que tenhamos uma espécie de válvula de escape. Um vício para dizer que é nosso. Só nosso.
Tendo isso, segundo ele, nós saberíamos claramente qual seria o nosso ponto fraco, ou o nosso ponto mais fraco, para podermos combatê-lo e, quem sabe, com o tempo, nos fortalecer em espírito e verdade.
Se não nos fortalecermos, pelo menos nós iremos ter um olhar mais misericordioso para com os nossos semelhantes que são tão tranqueiras quanto eu e você.
Resumindo o entrevero: o que meu bom amigo estava me dizendo não era que devemos escolher um vício e nos afundarmos nele, mas sim, reconhecermos que não somos tão virtuosos como presumimos ser.
Aliás, tal presunção de pureza, que nos leva a crer que temos uma espécie de monopólio das virtudes, é bem provavelmente um dos mais lazarentos vícios humanos que há.
(20/10/2020)
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
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