Francisco Carlos Caldas

Quando criança e início da adolescência nos anos de 1965 a 1967, tínhamos fascínio por dança, bailes, músicas de gaitas dos Bertussis, Albino Manique dos Mirins, do Pedro Moraes e seu mano Tadeu, nos Bailes do Clube União e Progresso de Pinhão.

Tinha na cabeça que quando me mandasse, ficasse maior, não iria perder bailes que ocorressem por aí argures.

Anos se passaram, há décadas ruim de dança deixamos de gostar de dançar, mas continuamos fascinados pela ARTE DA DANÇA, mas dos outros dançando e  assistimos muitos vídeos de dança dos bailes do Valdir Pasa;  do CTG Pala Gaudério, da Terceira idade de filmagens da Ivone Dangui, em que cada um dança de um jeito e na beleza se assemelham.

Mas o que mais me encanta é o poder democrático, aplicação prática do princípio da igualdade, partilha de riqueza, alegria e momentos felizes que a dança proporciona. E há até uma saudável inversão e compensação social na dança: os menos favorecidos na área patrimonial e financeira, são os que dançam mais bonito e que irradiam mais contentamento.

Assim não estamos aqui escrevendo sobre a Dança dos Famosos do Faustão, do Luciano Huck,  das dos  Bailes de Debutantes, das Valsas Vienenses de Strauss entre outras Danúbio Azul,  Contos dos Bosques de Viana, mas das danças dos bailes animados por  Pedro e Tadeu Moraes, Hugo Coelho  e outros nos saudosos tempos do Clube União e Progresso de Pinhão; de bailes  com os Serranos, Monarcas, Mirins, Porca Véia,  Grupo Cordeona, Os Gaudérios, Ala Pucha,  Tchê Pampeano, Hart Sul, do Alaor Gomes, do Mansinho,   do Alceu e André Ferreira, Saulo Martins,  Mariana Santana, Alana Gaiteira, João Tavares, João Paulo L. Mendes,  Arlles Dinan e outros dezenas de valorosos talentos de nossa Terra, sem esquecer os do passado, e não do meu tempo de dança os saudosos gaiteiros: Acir Silva, seu Alberoni Ferreira Caldas (Nenê Caldas),  seu Miloca, Eugênio Estevan Caldas (meu pai).

É muito bonito as danças gauchescas, folclóricas, de Grupos de Dança, mas a DANÇA aqui alvo de reflexão é a COMUM DO POVO, nas festas de Igreja, na rua, frente do palco das Festas do Divino, nos saraus, matinês e bailes e bailões  que ocorrem por aí afora

Já fizemos matutadas sobre o PODER DA MÚSICA e faltava abordar sobre a DANÇA e seu poder meio que quase miraculoso de transformações de pessoas com problemas e dificuldades, em alegria, diversão, e nem aí para a segunda-feira, trabalho, boletos, prestações, faturas de energia e água, e onde as diferenças, as classes sociais se nivelam.

Enquanto por problemas de audição, não puder ver e ouvir pessoalmente DANÇA DA NOSSA GENTE (POVO),  bailes no espaço Estradão do empreendedor Marcos Antonio Perucelli, no CTG  Pala Gaudério,  vamos continuar nos deliciando com os vídeos da  pinhãoense Ivone Dangui em que dá para se reconhecer as pessoas, e a regra é dançantes irradiarem contentamento e aí a beleza e utilidade.

Para encerrar me veio a lembrança dos meus queridos vizinhos José Barbosa Neto e a sua saudosa esposa Meri, começando os bailes do antigo Clube União e Progresso, que só restou lembranças, histórias   e uma sede patrimonial, e mais um caso de uma associação, que a exemplo do CTG, ARVV, que  por falta de austeridade, disciplina e gestão (tripés de Romeu Zema, Governador de Minas Gerais-MG), como clubes sociais – “dançaram!”.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista, CIDADÃO)

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