Dias desses, ou mais especificamente no dia 22/03/17, assistimos um vídeo com jornalista Cláudia Bom Tempo, sobre um estudo da organização Transparência Brasil, referente os custos de Parlamentares no Mundo. Constatado que no Brasil, cada Senador custa 33 milhões por ano; Deputados 6,6 milhões por ano. No Brasil, média – 10,2 milhões por ano; na Itália 3,9 milhões; França 2,8 milhões; Argentina – R$1,3 milhões; Espanha 850 mil. Brasília, pior exemplo: 24 deputados distritais custam quase 10 milhões cada um. Vereadores de São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ – pelo menos 5 milhões.
Na legislatura 2013-2016, foi tentado reduzir o número de vereadores das Câmara de Pinhão, de 13 para 9, mas faltou votos/quórum. Caso a redução tivesse ocorrido para 9, a economia de subsídios, assessores e encargos, iria girar em torno de R$36.596,89 por mês, R$439.162,68 por ano e R$1.756.650,72 nos 4 anos, da legislatura 2017-2020.
No Legislativo de Pinhão, pela Lei nº. 1.950/2016, de 1º/07/16, houve redução de 8,568 % dos subsídios dos Vereadores, ou seja, de R$4.785,00 para R$4.375,00. E do Presidente da Câmara de R$5.980,00 para R$5.460,00 (redução de 8,695 %).
Os gastos com PESSOAL no Executivo foram em 2016, de R$38.898.127,30, o que dá uma média de R$3.241.510,50 por mês e R$2.674,51 por pessoa; os da Câmara de R$2.080.398,65, média de R$173.608,46 por mês e R$4.451,49 por pessoa. E 51,75% e 2,771%, respectivamente das Receitas Correntes Líquidas/RCLs.
Em termos de obras o custo Brasil é elevado. Muitos superfaturamentos e obras e serviços de qualidades que deixam muito a desejar. Além de muitas obras inacabadas, ou subutilizadas, o que tornam a relação custo-benefício ainda mais impactante.
Mesmo pessoas, empresas, instituições e órgãos públicos que fazem bom ou razoável planejamento, enfrentam problemas, distorções na área; já da para imaginar o que ocorre com os entes e organismos, que não fazem contas, controles de custos e gastos. Têm situações que pelo que se faz e produz, salário mínimo é muito.
O segredo do sucesso e empreendedorismo econômico-financeiro, não é tanto só decorrente de receitas, mas do custo, dos gastos com a atividade. Tem gente e atividade que mais parece um saco sem fundo, e que não há dinheiro e recursos que chegue. Daí, já termos feito, várias crônicas e reflexões sobre a importância de educação financeira, controle das coisas, e sem que isso represente algum desvio ou obsessão por pão-durismo, sovinice, ganância, apego exacerbado acumular bens, dinheiro, enfim coisas materiais.
Em outras palavras e em síntese, tanto na vida pública como na privada (particular), é fundamental a busca do equilíbrio, e diminuição de preocupações e sofrimentos. E nisso, as passagens Bíblicas de Mateus 6:27-29, 19:24, Lucas 12:27, são muito úteis.
Muitas atividades lidam e dependem muito de empréstimos (dívidas), mas o ideal é evitá-las ao máximo, pois, na prática ninguém consegue estabilidade com dinheiro emprestado, e poupar e fazer investimentos e empreendimentos com recursos próprios, é o melhor, o mais salutar, ainda que isso seja muito difícil para muitos. E hoje, quem mais lucra e se dá bem no País, são os detentores do Capital Financeiro, e que somado aos corruptos influentes e a corrupção sistêmica e cultural que nos caustica, deixam a maioria da população vulneráveis, e não verdadeiramente livres.
Francisco Carlos Caldas, advogado e cidadão. E-mail advogadofrancal@yahoo.com.br