Francisco Carlos Caldas

Foi até por acaso, mas  nós que escolhemos o nome da Coligação PSDB e MDB que disputou e venceu as eleições majoritárias municipais de Pinhão, no ano 2000. Coligação “CAPAZ”, que era a abreviatura de Continuidade, Aperfeiçoamento e Paz.

Mais de vinte anos se passaram e voltamos a escrever e refletir sobre isso, e até por termos constatado que lamentavelmente ainda em Pinhão, há ainda muita descontinuidade, retrocessos e a paz existente é meio que a  de cemitérios em que  há  ou  poucas vozes de críticas construtivas, ações  sociais e etos de CIDADANIA.

A família deste ser tem origem no meio rural e na atividade pecuária, e apesar de todo um legado de experiência, de caminhada, melhorias em atividades, as coisas ainda deixam muito a desejar, e em uma área  em torno de 76 alqueires que temos na localidade de Butiá, em Reserva do Iguaçu, mal a gente consegue gerar um emprego fixo e manter uma propriedade, meio que deficitária, pelas peculiaridades do terreno em que só um alqueire é mecanizável e de plantio, para feitura de silagem.

Na advocacia em que este milita desde 1979 e em Pinhão desde 9 de março de 1981, ainda se arrastamos na caminhada e aprendizado, com revezes, estresses, falhas, e vulnerabilidades diante de limitações e estruturas injustas e opressoras, formalidades burocráticas exacerbadas e injustiças combatidas mas nem sempre superadas. Como advogado da Câmara desde 9/06/2008, a filosofia e prática, da continuidade e aperfeiçoamentos, que propicia atuação dentro dos princípios da eficácia,  eficiência e efetividade.

Na área educacional em que atuamos como professor por em torno de 9 anos, ficaram alguns legados, principalmente  de pragmatismo, civismo e cidadania ainda que pregações tenham ficado meio que perdidas e diluídas no tempo e a necessitar de continuidade e aperfeiçoamentos.

Na política, foi preciso ter feito bastante ou razoável  quantia de ações e medidas para se perceber não ter feito o suficiente, e muitos projetos, ideias, sonhos, fracassaram, ainda que em todos os momentos se tenha combatido o bom combate, com decência e dignidade.

Nessas caminhadas todas foram efetivadas muitas AÇÕES DE CIDADANIA, de resultados também insatisfatórios  em todos os aspectos nesses mais de quatro décadas de peleias, e tudo ainda a necessitar de CONTINUIDADEM APERFEIÇOAMENTOS E CONTROLES de atos e coisas, e não foi à-toa que depois do curso de Direito, fizemos mais o curso de História e Administração Pública, e disputamos 7 eleições municipais com 4 mandatos eletivos, todos de muito trabalho e dedicação, mas de ideias e ideologia que há resistências de aceitação e falta de continuidade, aperfeiçoamentos  e de controles necessários.

A inspiração para esta reflexão, veio de uma Manifestação  CIDADÃ, que protocolamos no dia  2/8/21 na Câmara e Paço Municipal sobre uma questão ambiental reconhecida e objeto de consideração inclusive por gente do Poder Executivo, que em gesto de humildade e grandeza deram satisfação do ocorrido, e como de praxe e normal também teve reação contrária e negativa, com rótulo como de  bobagem, perda de tempo,  colocações cansativas e negativas e contexto de se ter coisas mais importantes para se preocupar e agir.

Ideias se combate com ideias e contrapontos são fundamentais para se ampliar visões, e um basta a descontinuidade, e práticas de um faz outro desfaz, ou da política do quanto pior melhor, de incoerências, vulgaridade, e da linha urubu em carniças, ou meio que só do comodismo de indicações e pedições de coisas. A VERDADE REAL é essa, atos e coisas sem: CONTINUIDADE, APERFEIÇOAMENTOS, controles e acompanhamentos  a regra é deixarem muito a desejar.

E não esqueçamos, que o grande inventor Thomas Alva Edison (1847-1931) para descobrir o melhor filamento incandescente para a lâmpada elétrica, fez mais de  3 (três) mil experiências, e isso nós contávamos para nossos alunos de Educação Moral e Cívica em meados da década de 1980 no hoje Colégio  Professor Mário Evaldo Mórski, na época Colégio José de Mattos Leão, e enfrentamos a situação paradoxal, do mundo do miojo, das facilidades, do querer tudo pronto e rápido, da  moleza,   do falta de paciência e perseverança, do não “devagar e sempre”,  e não  ao “de grão a galinha enche o papo”;  do desapego ao passado, a história e peleias dos nossos ancestrais e antecedentes.

Tudo isso para dizer em resumo, que nada a gente consegue na louca, no improviso, sem: planejamento, conhecimento de causa, estudos, dedicação, muito trabalho. Ainda assim, ocorrem falhas, trapalhadas, problemas, prejuízos.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, ex-professor, ex-Vereador e  ainda municipalista  e CIDADÃO).

 

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