Francisco Carlos Caldas

Chato de galocha significa alguém extremamente chato ou com comportamento socialmente desagradável, que insiste em assuntos desinteressantes, inconvenientes.

Nós nas nossas pregações naquilo que acreditamos como válidas e úteis, estamos descambando para a chatice de galocha, mas isso tem uma explicação, é o legado, a crença, de que acreditar em algo e não lutar por aquilo que acredita você está sendo desonesto consigo mesmo, na preciosa lição e reflexão de Gandhi. Ou o pregado pela bela atriz norte-americana Angelina Jolie: “Existem alguns riscos que são dignos de se correr. Você tem que defender aquilo que acredita”.

Tem várias maneiras de ser chato, mas o chato sempre escolhe a pior.

Tem gente que entrou várias vezes na fila dos chatos.

Pelo que tenho sentido, para não correr o risco de rótulo de chato sem ou com galocha, você tem que se fechar em copas, no seu egoísmo, cuidar de sua vida, e deixar que o seu redor e mundo explodam, e não se importar com nada do que os outros fazem, ainda que ações que lhe incomodam, lhe tragam transtornos, prejuízos.

Nossas pregações e aulas de Educação Moral e Cívica que lecionamos na década de 1980, até que surtiram alguns efeitos em Pinhão, mas de uns anos para cá, valores e princípios pregados, viraram caretice, coisas retrógradas, anacrônicas, jurássicas. E com o agravante, de desconsiderações, desrespeito, indisciplinas que imperam, e que estão a lavar a geração mimimi, do tudo fácil e rápido e que se adultos se abaixarem tomam conta, dão ordens e deitam e rolam no pedaço.

Lidar com gente não é fácil, cada um com a suas manias e até maluquices, e INTELIGENCIA SOCIAL está muito em falta. E parabéns para políticos, empresários, empregadores que lidam com um montão de gente, e conseguem empatia e sinergia envolvendo liderados e empregados em suas causas.

Nosso reconhecimento e méritos para quem na política consegue se reeleger consecutivamente várias vezes ou intercaladamente. Atender os anseios do povo; estar sempre de bem com a galera, não é tarefa fácil.

Tem aquelas teorias, de que “Mente, mente, que alguma coisa permanece e vira verdade, ou seja, “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade“. (pregação Nazista de Goebbels); de que a melhor retórica é a repetição (Napoleão Bonaparte, s.f.d.m.); “de que água mole em pedra dura, tanto bate que um dia fura”; “orar sem cessar”; “trabalhe, trabalhe bastante, após a nossa morte, teremos bastante tempo para descansar”, mas temos restrições e um pé atrás com essas pregações, e haja paciência!

Para encerrar o registro de que estamos repensando nossas pregações principalmente as de política e cidadania, pois, até espaço físico que criamos para isso na rua Nilo Vivier, nº. 89, no Bairro Mazurechen, não deslanchou e fracassou, e o espaço virou uma espécie de “elefantinho branco”, e  pregações de  princípios de LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), de eficácia e outros dessa linha, viraram chatice e pregações no deserto, e a crise e inversão de valores e tanta, que já não mais nos espantamos do presidente russo Vladimir Putin, ter chamado, guerra e invasão, de operação militar especializada; de gente defendendo bandidos com heróis; “o rouba mas faz” de Paulo Maluf, a tolerância com aquele que estupra mas não mata,   dos que defendem que o pecado é perder, e que na política, poder e capitalismo selvagem “vale tudo”, e quem pensa diferente dessas coisas são chatos  sem ou de galochas e outros pejorativos.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão).

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