Foram 7 anos de luta e persistência

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, CEEBEJA é uma instituição de ensino que trabalha com alunos da 5ª série até o 3º ano do ensino médio. Com o detalhe que ela atende os alunos que estão fora da faixa etária normal, com uma didática, estrutura voltada para esses alunos.

No Pinhão, o CEEBEJA está presente desde de 1989, quando se iniciaram as atividades com jovens e adultos, principalmente na área da alfabetização, nessa época era apenas um posto, sendo gerenciado por Guarapuava. Em 1992, torna-se NAES (Núcleo Avançado de Ensino Supletivo), em 1995, essa modalidade de ensino vira CES (Centro de Ensino Supletivo) e depois é totalmente reformulado, já não trabalhando com alfabetização e se torna CEEBJA.

Hoje, com mais de seiscentos alunos, entre os que são atendidos na sede e os que estudam nas APED – Ações Pedagógicas Descentralizadas, que tem turmas no  distrito de Faxinal do Céu, Assentamentos, Pocinhos e duas em Reserva do Iguaçu.

DIFICULDADES

Assim, só no Pinhão, modalidade de ensino existe ha 29 anos e desde 2001 funciona na avenida XV de Novembro, no imóvel da antiga escola Girassol.

O diretor do CEEBJA, Cláudio Francisconi, que atua na instituição há 25 anos, começando como auxiliar de secretaria, conta que as dificuldades sempre foram grandes devido o imóvel ser alugado. “Sempre tivemos dificuldades em relação aos repasses dos recursos do Estado por não ser sede própria, até mesmo em relação ao Fundo Rotativo, em relação às verbas para melhorias vinham muito pouco, pois o Estado não queria investir num imóvel que era alugado”, contou o diretor.

Ele conta que entre várias questões de manutenção do prédio, melhorias para dar um ensino com mais qualidade e até mesmo a questão de segurança que eles não conseguiam resolver, pois sempre esbarrava na questão do imóvel ser alugado, o grande problema são os banheiros, pois é só um masculino e um feminino para todos os alunos, e para completar, o refeitório é na frente dos banheiros.

O CEEBJA é a única escola estadual no município que não tem quadra coberta, inclusive já perdeu uma verba federal que seria para a cobertura da quadra por estar num imóvel alugado.

PROPOSTA

Quando Cláudio concorreu em 2011 à direção, para surpresa de todos que consideravam uma proposta impossível, ele colocou no seu plano de metas a busca da sede própria, “me chamaram de louco, mas eu coloquei, lutar junto à SEED para que ela adquirisse o prédio”, explicou Cláudio.

SETE ANOS DE LUTAS

Nesses sete anos, de 2011 a inicio de 2018, a luta foi constante, a escola montou um processo com todos os detalhes, inclusive com um levantamento que mostrava que o que já havia sido pago de aluguel nesses 17 anos que a escola estava nesse imóvel já daria a metade do valor para a compra do imóvel. Apesar de todo um processo montado com todos os detalhes, a visita de um vice-governador à escola em 2014, o governo disse que, por questões financeiras, não adquiriria o imóvel.

A equipe da escola ficou desanimada, mas persistiram, e em 2017, a direção procurou as lideranças políticas da região, entregou a elas o processo da compra do imóvel e novamente começaram os trâmites legais, mas, dessa vez, havia um aceno que o governo compraria o imóvel. Cláudio contou que depois de tudo acertado com o dono do imóvel, Lauro Kochak, havia aceitado o valor que o governo ofereceu de um milhão, trezentos e dez mil reais, infelizmente, ele veio a falecer, mas que, como o contrato de compra e venda já havia sido assinado, os inventariantes não puderam questionar nem o valor e nem a venda do imóvel.

“Nós, da escola, agradecemos e sabemos que só conseguimos esse feito porque as lideranças políticas da região compreenderam o quanto era importante a compra do imóvel para oferecemos um ensino com mais qualidade, conforto e segurança aos nossos alunos” declarou o diretor.

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