Vacinar e votar… É cuidar de todos
Quando os pais levam seus filhos para a vacinação, eles estão protegendo, cuidando da saúde deles, demonstrando um ato de amor e de responsabilidade. Mas está indo além disso, pois quando os pais atendem o chamado para as campanhas de vacinação eles estão realizando um ato de cidadania. Pois quando se realiza a vacinação em massa, cria- se uma proteção no ambiente, é como se todos se unissem e formassem uma grande barreira contra os vírus, que tanto maltratam as crianças e adolescentes e que podem cortar seu futuro. E cuidar dos filhos exige mais que levá-los para vacinar, exige cuidar para que tenham uma educação de qualidade, espaços para o esporte, lazer sadio, que possam vislumbrar um futuro. E para isso é preciso que as pessoas também se unam e formem uma barreira contra os políticos despreparados, pois ter na câmara de vereadores pessoas que não sabem qual é a função do vereador é tão nocivo quanto não cuidar da saúde dos filhos. Pois vereador sem preparo, sem condições de ler e interpretar um texto, uma lei, um projeto, é colocar na câmara pessoas manipuláveis, é dar mole, como se diz por ai, para a corrupção. Quando se escolhe o vereador pelo simples fato do parentesco, compadresco ou por favorzinho feito, está se abrindo espaço para que o vírus do mal feito, do desperdiço do dinheiro se instale no legislativo e, consequentemente, no executivo. Sim, a escolha do vereador é tão importante quanto a de prefeito. Não dá para descuidar, senão o vírus da corrupção se instala e depois de instalado é muito difícil de combatê-lo. Vereador não tem a função de carregar doente para hospital, levar gente para lá e para cá. Vereador tem que fiscalizar e elaborar projeto para que as pessoas tenham uma saúde pública de qualidade que atenda as necessidades da população. Vereador que compra voto nunca vai discutir projetos que beneficiem o povo. Mas quem vende o voto é tão corrupto quanto o vereador que oferece. E está contribuindo para ter menos dinheiro para a educação, esporte e saúde e ai vai ter que depender da boa vontade do vereador para conseguir chegar ao posto para ele comprar o remédio que não tem na farmácia popular. Quem vende o voto fica na mão do vereador é o eleitor que passa a dever para o legislador e pior além de se prejudicar, causa mal a toda uma população. Quem vende o voto autoriza que o vírus da má administração pública ocorra e que ocorram os desvios de verba, os mal feitos e todo tipo de corrupção. Inclusive corta o futuro promissor das crianças e jovens, tão nocivamente como o vírus de várias doenças. O dia D da vacinação contra a corrupção está ai, faltam apenas nove dias para que cada eleitor se torne um agente de combate a esse vírus tão nocivo à sociedade. E não venham com a conversa que não dá para mudar, que meu voto não faz a diferença, faz sim e muita diferença quem escolhe displicentemente seus candidatos é tão corrupto quanto quem o vende. Voto branco, nulo não é protesto, é comodismo, é omissão, é preguiça de procurar no meio do joio o trigo, com certeza dá trabalho, mas é necessário se fazer. Porque o discurso que na política só entra quem não presta é conversa mole, tem muita gente boa nela, mas para elas se elegerem é preciso que os eleitores que se dizem esclarecidos se disponham a colocá-los lá.
Capa e Editorial da Edição nº: 767
23/09/2016 - 09:24
Autor: Naor Coelho